Uma cabeleireira, de 37 anos, foi mantida em cárcere privado e torturada pelo companheiro, 54, em uma casa na Zona Nordeste de Juiz de Fora. Na última terça-feira (14), ela aproveitou quando o agressor saiu para trabalhar e conseguiu deixar a residência, pedindo socorro e acionando a Polícia Militar à noite. De acordo com o boletim de ocorrência, registrado como tortura, no sábado, após ingerir bebida alcoólica e motivado por ciúme, o homem agrediu a vítima com golpes de toalha molhada e cinto, a amordaçou e tentou enforcá-la.
Ainda conforme o registro policial, o companheiro da mulher chegou a utilizar o cinto como uma forma de coleira em seu pescoço para controlar, inclusive, sua ida ao banheiro. Além disso, ela teria recebido vários choques elétricos. “O autor energizou as maçanetas das portas com um cabo de aparelho celular, que lhe dava choques ao encostar as mãos”, contou a PM, com base nas declarações da vítima, que também revelou sofrer ameaças com um facão.
A mulher acrescentou aos policiais que o casal mantinha um relacionamento há dois anos. Diante da denúncia, militares compareceram ao endereço do suspeito, mas ele não foi localizado durante as buscas.
Conforme a PM, a vítima apresentava escoriações no rosto e hematomas no braço e pescoço, no entanto, dispensou atendimento médico. O caso foi encaminhado para investigação na Polícia Civil, e a mulher foi orientada a comparecer à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.