Os professores da rede particular de ensino estão em mobilização pelo reajuste salarial de 8%. Nesta quarta-feira (15), a categoria paralisou as atividades e realizou assembleia. Caso não ocorra avanço nas negociações com a classe patronal, uma nova paralisação deve ocorrer, com data a ser definida.
De acordo com o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF), a paralisação desta quarta teve grande adesão da categoria, entretanto, não foram informados números. A classe defende a correção dos salários pela inflação e o ganho real. Como exemplificado pelo Sinpro, as mensalidades escolares tiveram reajuste, em média, de 12%, entretanto, o salário dos professores teria sido ajustado em 3,82%.
“Infelizmente, não tivemos nenhum avanço no pleito do ganho real apesar da inflação baixa e dos altos reajustes das mensalidades, e, tampouco, da equiparação salarial dos professores da Educação Infantil e Fundamental I com aqueles que atuam no Ensino Fundamental II”, explica Maria Lúcia Lacerda, coordenadora do Sinpro.
“A categoria deliberou por nova paralisação a ser definida, caso não haja avanços em mesa de negociação com a patronal. O sindicato seguirá dialogando com as famílias, reconhecendo o grande apoio recebido da comunidade escolar.” A reivindicação dos professores particulares é de 8%, conforme Maria Lúcia.
A Tribuna solicitou um posicionamento ao Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino na Região Sudeste de Minas Gerais (Sinepe/Sudeste) sobre a paralisação dos professores. Em nota encaminhada à Tribuna, o presidente da Comissão de Negociação, Miguel Detsi, informou que as negociações coletivas estão em andamento “com vistas a chegarmos a bom termo”.
“Sobre a paralisação, entendemos que esse tipo de movimento faz parte do processo democrático e, de acordo com as nossas apurações, as instituições de ensino funcionaram dentro da normalidade, em sua maior parte”, afirma Miguel.