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Após 4 meses fechado, parque do Museu Mariano Procópio é reaberto

museu olavo
Museu 1
Foto: Olavo Prazeres
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Após ficar quatro meses fechado depois que um macaco infectado com febre amarela foi encontrado no bosque, o parque do Museu Mariano Procópio foi reaberto na manhã desta terça-feira (15). A medida foi tomada como forma de prevenção, visto que havia grande circulação de pessoas no local. O parque passa a ser aberto às 6h para quem possui carteirinha do Clube da Caminhada e às 8h para que o restante do público possa fazer atividades físicas, piquenique, leituras, passeios, com funcionamento de terça-feira a domingo.

As trilhas do museu também foram reabertas após dez anos fechadas. Os visitantes podem acessá-las de terça a sexta-feira, das 8h às 17h. Já a Galeria Maria Amália fica aberta para visitação de terça a sexta-feira, das 10h às 17h. “São 80 mil metros quadrados de área verde nesse parque maravilhoso que pertence a Juiz de Fora, e que agora está totalmente aberto”, comemora o diretor do museu, Antônio Carlos Duarte. O prédio da Vila Ferreira Lage continua fechado para restauração e não há previsão para a conclusão dos reparos.

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Adriléia Silva e Paulo José Ramos compareceram no parque na manhã da reabertura para correr (Foto: Olavo Prazeres)

Logo pela manhã do dia de reabertura, havia pessoas no parque praticando atividades físicas, caso da cabeleireira Adriléia Silva e do auxiliar de tesouraria Paulo José Ramos. Ambos fazem parte de um grupo de corrida que comparecia ao parque do museu duas vezes por semana. Com o fechamento, as atividades eram praticadas em outros locais, como a Avenida Brasil e o Campus da UFJF. “Estava doida para abrir. O clima e o ar são melhores, não tem trânsito, ficamos mais à vontade e é mais perto também”, conta Adriléia. “Eu já estava com saudades. O terreno é melhor que o asfalto, para correr e pegar mais velocidade, é mais pesado. Quando você corre no asfalto, fica mais leve”, teoriza Paulo. Ambos estão vacinados contra a febre amarela e dizem não sentir receio de voltar a frequentar o local.

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A camelô Rosana Prata precisou suspender suas atividades durante o fechamento do parque (Foto: Olavo Prazeres)

Presente na porta do museu vendendo balões e brinquedos há oito anos, a camelô Rosana Prata diz que o movimento da banca caiu muito no período em que o parque e o museu estiveram fechados. “Foi horrível, né?! Ficou muito abandonado e eu não pude montar a banca durante um tempo. Prejudicou muito a gente e o pessoal da caminhada. Todo dia vinha turista para procurar o museu. O parque é muito bem quisto pela população de Juiz de Fora, eles gostam de natureza”,conta.

O diretor do Museu, Antônio Carlos Duarte (Foto: Olavo Prazeres)

Antes do fechamento, o museu registrava uma média de 700 visitantes semanalmente. A expectativa da instituição é atingir e aumentar esta meta em pouco tempo. Para isso, atividades culturais serão desenvolvidas nos próximos meses. O diretor do museu, Antônio Carlos Duarte, acredita que a volta da população ao local será espontânea. “A presença do público no museu é constante, o que não soa bem é o parque estar fechado. Todos nós lamentamos quando o parque está fechado e, quando se abre, o público vem naturalmente. A minha expectativa é a presença habitual das pessoas no parque, que faz parte da vida e do dia a dia de Juiz de Fora.”

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Semana de museus

Na semana de reabertura, o Museu Mariano Procópio participa da 16ª Semana Nacional de Museus, que acontece de 14 a 20 de maio, e tem como tema, neste ano, “Museus hiperconectados: novas abordagens, novos públicos”. As atividades começam nesta terça, com palestra sobre restauração e conservação de papel. Ainda durante a programação, haverá um concurso de fotografias, encenação e cortejo no parque e exposição do documentário “Vozes da memória”. Confira a programação completa aqui.

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O quadro “Retrato de Dom Pedro II”, atribuído a Joaquim da Rocha Fragoso. (Foto: Julia Campos)

Como os reparos ainda não terminaram, e pequena parte das obras está exposta, a instituição disponibilizou um quadro na primeira sala da Galeria Maria Amália para que as pessoas possam conhecer mais do acervo. Trata-se de “Retrato de Dom Pedro II”, atribuído a Joaquim da Rocha Fragoso, que conserva uma peculiaridade: durante o início da República, a pintura foi danificada por um disparo de arma de fogo. A intenção é que outros quadros sejam levados para a exposição.

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AVila Ferreira Lage continua fechada para restauração (Foto: Olavo Prazeres)
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