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Católicos celebram a ressurreição de Jesus depois de período de penitências

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A Páscoa, data em que várias religiões relembram a ressurreição de Jesus Cristo, será celebrada neste domingo (16). Marcada por representar o término da Quaresma e o início de uma nova vida, esta é a data mais importante para os cristãos, e a expectativa é que milhares de juiz-foranos participem das celebrações na cidade.

A festividade é considerada hoje o momento mais tradicional do ano litúrgico dos cristãos, mas já era celebrada antes de Cristo. Só depois de sua Paixão é que a celebração passou a ter o significado que tem hoje. “Historicamente, o judeu já celebrava a Páscoa anualmente. A data recordava a libertação do povo do Egito, quando Moisés o conduziu para uma terra nova, a pedido de Deus. Jesus, como judeu, celebrou essa data por muitos anos, e foi em uma dessas celebrações que aconteceu a nossa Páscoa. Cristo foi preso e crucificado e ofereceu a sua vida pela nossa libertação. Com ele, a Páscoa ganhou significado e sentido novos. Quando Jesus morreu na cruz e ressuscitou, mostrou para a humanidade que Deus vence até a morte e que, um dia, todos ressuscitaremos e alcançaremos a vida eterna”, explica o padre Liomar Rezende de Moraes, administrador da Paróquia de São Pedro.

Celebrada ao fim da Quaresma, após 40 dias de penitências, orações e jejum, a Páscoa é marcada, segundo o padre, pela conversão. “A Quaresma é a grande revisão da vida, momento em que o cristão deixa o pecado para trás para viver a Páscoa. Se depois da Quaresma a pessoa não se transformou, ela não vai viver realmente a Páscoa, pois não vai experimentar essa mudança.” Os símbolos atribuídos à data também remetem à conversão. “Nas celebrações litúrgicas, temos o círio pascal, para recordar a luz e mostrar que Deus vence as trevas. O ovo é utilizado para recordar a vida, pois, a partir dele, é gerada a vida. Ele foi tomado pela tradição, e se utilizam, hoje, o chocolate e o coelho, que representa fertilidade. Hoje em dia não é muito utilizado, mas o girassol também é um símbolo, pois é uma flor que está sempre voltada para a luz, representando o fiel que deve estar sempre voltado para Deus.”

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Páscoa em todos os momentos da vida
Questionado sobre o posicionamento da Igreja Católica com relação à associação da Páscoa com ovos de chocolate, o padre explica que a orientação é explicar, principalmente para as crianças, o significado da data e da comemoração. “A Igreja não proíbe e não se posiciona, mas pede que, se um fiel oferece um ovo de chocolate a uma criança, deve explicar o significado da Páscoa.” Ele diz que a Igreja é pontual apenas na questão da carne vermelha, que não deve ser ingerida na Sexta-feira Santa, data em que é relembrada a morte de Jesus. Com isso, o peixe também surgiu como um símbolo. “As pessoas começaram a substituir a carne por peixe, que é uma carne branca, e que tem significado bíblico, já que está relacionado à pesca milagrosa e à multiplicação dos pães e peixes, milagres de Jesus.”

Apesar de ser uma celebração tradicional, o padre destaca que a Páscoa não deve ser celebrada só neste domingo, mas em todos os momentos da vida. “Muitas pessoas participam das celebrações, mas não fazem uma revisão de vida e não mudam suas atitudes. Tudo que representar libertação, vitória sobre a morte, sobre a opressão, a violência e sobre um vício, é Páscoa. A Páscoa é a nova possibilidade que Deus nos oferece. Páscoa é vida nova.”

Em Juiz de Fora, as paróquias terão celebrações especiais neste sábado e no domingo (ver quadro).

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