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Polícia investiga atropelamento fatal de idoso com omissão de socorro

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A 3ª Delegacia de Polícia Civil abriu inquérito, nesta segunda-feira (15), para investigar o atropelamento fatal de um idoso, de 65 anos, ocorrido na noite do último sábado (13). Paulo César Visoná, conhecido Paulinho mecânico, foi atingido por um veículo ainda não identificado quando estava no Acesso Norte, quase esquina com a Rua Augusto Mariani, a poucos metros da casa onde morava, no Bairro Industrial. O condutor deixou o local do acidente sem prestar socorro à vítima, que ficou caída no asfalto com múltiplos ferimentos e fraturas pelo corpo.

“A pessoa que atropelou o Paulinho fugiu. Foi por volta de 21h30, 21h40. Um motoboy o viu caído e conseguiu parar um Samu que passava na hora. Começaram a atendê-lo. Um vizinho viu a situação em um grupo de WhatsApp do bairro e foram até minha residência me chamar”, contou um familiar da vítima, que preferiu não se identificar. “Quando cheguei, o Paulinho estava dentro da ambulância do Samu, onde faziam os primeiros procedimentos. Ele teve parada cardiorrespiratória já no local e ficou mais ou menos uma hora, até que o Samu conseguiu reanimá-lo e levá-lo ao HPS, onde veio a falecer na madrugada, entre 3h30 e 4h”, lamentou.

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De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, a vítima sofreu trauma de tórax com fraturas múltiplas de costela, lesão profunda no antebraço direito, traumatismo cranioencefálico, pneumotórax, além de escoriações por todo o corpo. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Rodolfo Rolli, há suspeita de que o mecânico possa ter sido arrastado por alguns metros durante o atropelamento, mas a confirmação depende do laudo de exames, como o de necropsia.

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O parente reforçou que o motorista não prestou socorro. Ele espera que as câmeras de segurança de imóveis naquela área possam ajudar a esclarecer o caso e a identificar a autoria. O delegado informou que já solicitou a uma residência as imagens do sistema de vigilância. As diligências continuam.

Enquanto isso, a família espera por justiça. “O Paulinho era uma pessoa muito querida no bairro. Todos ficaram muito sentidos, porque era uma pessoa boa, não fazia mal a ninguém, só ajudava. Se o carro de alguém quebrasse e o cliente não tivesse dinheiro, ele consertava assim mesmo.”

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O familiar do mecânico acredita que ele estava voltando para casa, após sair da oficina, quando ocorreu o acidente. “Sempre vinha embora andando.” Paulinho deixou dois filhos e quatro netos, além de 14 irmãos e a mãe, de 87 anos, que ficou muito emocionada durante a despedida. O mecânico foi sepultado no domingo no cemitério da Barreira do Triunfo, Zona Norte. “A dor de uma família enterrando seu ente querido por causa de uma pessoa negligente e irresponsável, que tristeza meu Deus.”

Sepultamento de Paulinho mecânico ocorreu nesse domingo
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