Duas mil cento e oitenta e uma pessoas foram presas ou apreendidas em 2017 na área de atuação do 4º Departamento de Polícia Civil, resultando em um aumento de 28% em relação a 2016, quando 1.703 foram efetuadas. No que diz respeito à retirada de drogas de circulação, foram realizadas 487 ações, o que representa acréscimo de 53% em comparação com o ano anterior, quando o acumulado foi de 318 intervenções. O número faz parte do balanço divulgado, nesta segunda-feira (15), pela Polícia Civil, que também mostrou que foram realizadas 380 operações. Os dados englobam as delegacias regionais de Juiz de Fora, Ubá, Leopoldina, Muriaé e Viçosa, abrangendo 86 municípios da Zona da Mata Mineira.
De acordo com o chefe do 4º Departamento, delegado-geral Carlos Roberto da Silveira Costa, os policiais civis têm se empenhado cada vez mais no combate aos crimes e na elucidação dos casos. “Foi um ano muito proveitoso, pois aumentamos o número de prisões e apreensões, conseguindo diminuir os números de criminalidade. Destacamos, principalmente, as ações de combate ao tráfico de drogas e aos homicídios, uma vez que ambos estão ligados. Trabalhamos nesse foco e, para 2018, pretendemos aumentar ainda mais essas prisões e apreensões”, reforçou o chefe do Departamento.
A quantidade de veículos aprendidos também apresentou alta de 37% com 269 apreensões contra 196. O delegado Carlos Roberto ainda ressaltou que 74 armas de fogo foram retiradas das ruas pela Polícia Civil, mas não apresentou dados de comparação com o ano de 2016. Entre janeiro e dezembro de 2017, as Delegacias de Polícia Civil do 4º Departamento, incluindo os cinco plantões regionalizados, instauraram 30.574 procedimentos de polícia judiciária, entre eles, autos de apreensão e prisão em flagrante, termos circunstanciados de ocorrência (TCOs) e inquéritos por portarias.
527 pessoas presas ou apreendidas na área da Regional de JF
As ações policiais na região da 1ª Delegacia Regional de Juiz de Fora, que responde administrativamente por 18 delegacias, sendo 11 em Juiz de Fora, e as demais em São João Nepomuceno, Bicas, Rio Novo, Matias Barbosa, Rio Preto, Lima Duarte e Mar de Espanha, culminaram na prisão e apreensão de 527 pessoas em 2017. No que se refere à atuação das delegacias especializadas, a unidade Antidrogas realizou ações que resultaram em 123 presos e 27 apreendidos no ano passado, destacou a delegada regional, Patrícia Ribeiro. Entre esses resultados, está a maior apreensão de drogas sintéticas da história de Juiz de Fora, realizada no dia 9 de fevereiro de 2017, com apreensão de 22 mil pontos de LSD, 3.500 comprimidos de ecstasy e 1,6kg do princípio ativo desta droga, conhecido como “MD”.
A delegada também ressaltou os trabalhos desenvolvidos pela Delegacia de Homicídios, que alcançou o índice de apuração de 82,5%, num total de 44 mandados de prisão cumpridos e 11 adolescentes apreendidos, e pela Especializada de Repressão a Roubos, que desencadeou 12 operações, resultando em 46 pessoas presas e apreendidas. Já sobre os núcleos, Patrícia Ribeiro afirmou que cresceram as denúncias no Núcleo de Atendimento às Ocorrências de Maus-Tratos a Animais, já que em 2016 foram 240 denúncias e, em 2017, 335. O Núcleo de Atendimento ao Idoso fechou o ano com 1.053 atendimentos e cerca de 258 mediações.
“Esses resultados são considerados excelentes diante do que aconteceu em 2016, quando houve um aumento expressivo da criminalidade. Nós priorizamos as investigações dos homicídios, com 82% de apuração, que é um percentual muito grande, e conseguimos baixar um pouco as ocorrências. Esperamos para 2018 diminuir mais ainda os casos de homicídios”, assevera Patrícia. Como mostrou a série “Vidas Perdidas”, publicada pela Tribuna ao longo da semana passada, Juiz de Fora vive uma grave epidemia de homicídios, com índice de 24,3 mortes para cada cem mil habitantes, conforme levantamento realizado pelo jornal, que contabiliza 137 óbitos em decorrência de ações criminosas em 2017. “Ainda tivemos 40% a mais de apreensões de drogas do que em 2016, e é positivo, porque homicídio e droga se relacionam”, pontua Patrícia.
Meta também é reduzir roubos
Para 2018, a delegada regional afirma que, além das especializadas de Antidrogas e de Homicídios, será reforçado o trabalho da Delegacia de Repressão a Roubos. “Objetivamos diminuir os índices, pois sabemos que causam uma sensação de insegurança. Destacamos ainda as operações que fizemos com a Guarda Municipal, no Centro, onde muitas pessoas foram conduzidas e outras presas em flagrante, e, o mais importante, muitas pessoas foram identificadas para a formação de um banco de dados. Esse tipo de ação impactou diretamente o número de furtos na área central, que registrou diminuição.”
A delegada ainda evidencia de forma positiva o Serviço de Inteligência da Polícia Civil, implantado no final de 2016. “Esse trabalho vem contribuindo com as nossas investigações, qualificando-as. É uma preocupação da chefia de polícia, tanto que ano passado vários cursos foram ministrados em Belo Horizonte para policiais da Inteligência, como um curso feito na Acadepol ministrado por professores do FBI, que contou com dois policiais da nossa Regional”, destacou a delegada.