O secretário de Saúde, José Laerte, anunciou nesta quinta-feira (15), em audiência pública na Câmara Municipal, que serão mantidos os atendimentos do Serviço de Controle de Hipertensos, Diabéticos e Obesos (Schdo) no PAM-Marechal. No ano passado, foi proposto um estudo para transferir os atendimentos para o Hiperdia (Centro de Atenção Secundária em Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus) e também para Uaps. A proposta enfrentava resistência, principalmente pela localização do centro de referência, que fica no Bairro São Pedro, na Cidade Alta. Hoje o Schdo atende a 1.543 pessoas com hipertensão, diabetes tipos 1 e 2, insuficiência cardíaca congênita e pós-operatório para cirurgia bariátrica.
José Laerte explicou que o estudo também considerou as dificuldades dos usuários, mas que não foi levado adiante a pedido do Conselho Municipal de Saúde. “Ninguém falou em extinção, mas em desmembramento do serviço. Existe uma determinação do prefeito para que não seja transferido. O que estamos discutindo agora é trazer o Hiperdia para o Centro.”
Na audiência, convocada pelo vereador Antônio Aguiar (PMDB), houve manifestações acaloradas por parte dos usuários que lotaram o plenário da Câmara. O aposentado Máximo Ângelo Barros, 66 anos, reclamou da localização do Hiperdia. “Como um amputado, um hipertenso ou obeso irá se deslocar? Sou cardíaco grave, sou bem atendido lá. Querem desestruturar um serviço que funciona muito bem há 28 anos.”
A audiência contou com a participação dos médicos que atendem no Schdo, representantes da Secretaria de Saúde e do presidente do Sindicato dos Médicos, Gilson Salomão. Contrário ao encerramento das atividades do Schdo, Gilson entregou ao presidente da Câmara, Rodrigo Mattos (PSDB), uma lista de assinaturas de todos os usuários pedindo que o serviço não seja extinto.