Ícone do site Tribuna de Minas

Motoristas de app querem barrar votação de projeto que regulamenta serviço em JF

motoristas de app juiz de fora by Pepe da Pipoca
motoristas de app juiz de fora by Sóstenes Josué
Categoria se reuniu em frente ao Palácio Barbosa Lima em busca de pressionar os vereadores a adiar a votação para 2021 (Foto: Sóstenes Josué)
PUBLICIDADE

A apreciação do Projeto de Lei 4.418/2020, nesta segunda-feira (14), pela Câmara Municipal de Juiz de Fora, na última reunião parlamentar da legislatura 2017/2020, levou à insatisfação dos motoristas de aplicativo. A categoria, inclusive, se reuniu em frente ao Palácio Barbosa Lima em busca de pressionar os vereadores a adiar a votação para 2021. Encaminhada pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) ao Legislativo em 27 de outubro, a matéria que regulamenta a prestação do serviço de transporte por aplicativo em Juiz de Fora já foi aprovada em primeira discussão nesta segunda. Contudo, como a Casa ainda tem agendadas três reuniões extraordinárias para o último dia de trabalho, o texto está em vias de ser aprovado pelo Parlamento.

Embora a regulamentação do transporte por aplicativo seja uma reivindicação da categoria, o presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo (Amoaplic) de Juiz de Fora, Júlio César Marques Paes, defende a retomada das discussões apenas a partir da próxima legislatura. “Ainda temos alguns ajustes para fazer na regulamentação, mas a Câmara Municipal quer passar o projeto de lei no último dia dos trabalhos do jeito que está.”

PUBLICIDADE

A Amoaplic questiona, por exemplo, a previsão de multa aos motoristas de aplicativo que eventualmente atendam a chamados de passageiros realizados diretamente em vias públicas. “O projeto de lei diz que a gente não pode pegar passageiro em via pública, senão vamos ser multados. Vamos pegar os passageiros onde então? Em todo o país, os passageiros são pegos em vias públicas. E ainda há outros quatro ou cinco pontos (da matéria) que queremos mudar. O projeto não pode ser votado da maneira que está”, questiona Júlio César. Conforme previsto no texto encaminhado pelo Executivo, os motoristas estariam sujeitos a multa de R$ 657,30 caso atendam a chamados de passageiros em ruas ou avenidas.

PUBLICIDADE

Câmara derruba pedido de vista

O vice-presidente da Amoaplic, Sóstenes Josué, ainda aponta subjetividade no teor do texto que tipifica a infração citada por Júlio César. Além disso, Sóstenes afirma que o valor da infração previsto não foi o acordado junto ao Executivo. Para o vice-presidente da Amoaplic, o Município não deixa claro como pretende coibir a prestação clandestina do serviço de transporte por aplicativo. “Há itens cruciais neste projeto de lei que está tramitando, inclusive de multas, que têm o mesmo erro do primeiro projeto. A Prefeitura quer multar o motorista de aplicativo por transporte clandestino, mas eles não deixam claro como.”

O vice-presidente da Amoaplic acrescenta que a categoria havia articulado junto ao vereador André Mariano (PSL) o pedido de vista para que o Projeto de Lei 4.418/2020 não fosse aprovado. André Mariano, inclusive, pedira vista à matéria, mas o pedido foi derrubado pelos demais vereadores, o que levou os motoristas de aplicativo a se reunirem em frente ao Palácio Barbosa Lima para pressionar o Legislativo em busca da derrubada da matéria.

PUBLICIDADE

A matéria fora colocada na ordem do dia já na sessão ordinária da última quinta-feira (10). Contudo, na ocasião, o vereador Júlio Obama Jr. (Podemos) havia pedido vista à matéria, o que foi consentido pelos próprios pares na Câmara Municipal, ao contrário do ocorrido na sessão desta segunda-feira.

Sair da versão mobile