Os quatro vereadores do PMDB e a Executiva do partido participaram, nessa quarta-feira (13), de um almoço de confraternização que não se restringiu aos eventos de fim de ano. Entre uma garfada e outra, fizeram uma avaliação do ano político e das perspectivas para 2018. Os peemedebistas de Juiz de Fora acompanham o impasse na cúpula, que ainda não bateu o martelo sobre as eleições do ano que vem. Embora até os dirigentes nacionais já admitam que a aliança com o PT será renovada – o governador Fernando Pimentel esteve terça-feira à noite com o presidente Michel Temer -, ainda esperam uma posição oficial. No dia 28, fechando o ano, será realizada uma nova reunião na cidade, quando deverá ser elaborado um documento a ser encaminhado à direção estadual.
À espera
Os peemedebistas também repassaram as possíveis candidaturas da cidade aos cargos legislativos, mas a grande incógnita continua sendo o prefeito Bruno Siqueira. Ninguém sabe o que ele fará, mas já anteciparam que, independentemente de sua escolha, irão dar total apoio ao seu projeto político. Bruno, como os demais possíveis candidatos ao Senado e à Câmara Federal, também acompanha as conversas em Belo Horizonte. Por enquanto, o vice-governador Antônio Andrade e o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, relutam em ter um encontro a dois para formalizar uma posição única do partido em Minas.
Pode punir
A decisão do PSDB de fechar questão em torno da reforma da Previdência, mas sem punição, como divulgado, foi a forma encontrada pelos tucanos de apoiar o projeto do presidente Michel Temer, sem riscos de perder quadros diante de eventuais dissidências. Mas haverá, sim, discussão sobre punição dos infiéis. Secretário-geral do diretório nacional, o deputado Marcus Pestana destacou que a primeira fase é para conversar com os possíveis dissidentes, a fim de convencê-los a acatarem a decisão da Executiva Nacional. Feita a votação, a direção volta a se reunir para tomar medidas, embora não tenha, ainda, sido acertado que tipo de sanção será adotada.
Pelas prévias
Os dirigentes, a começar pelo próprio presidente, Geraldo Alckmin, decidiram também dar curso às discussões sobre uma prévia para definição do candidato tucano à Presidência da República. Para tanto, foi instituída uma comissão especial, da qual o parlamentar juiz-forano faz parte, para estabelecer as regras do embate. Por enquanto, estão no páreo apenas o governador de São Paulo e o prefeito de Manaus, o ex-senador Arthur Virgílio. Aliás, é por insistência desse que haverá disputa. Em carta ao próprio Alckmin, Virgílio fez uma dura defesa da competição, garantindo, porém, que o vencedor terá apoio total do grupo vencido, sem riscos de divisão.