Após três meses de investigação, a Polícia Civil identificou e indiciou o suspeito de guiar o automóvel que despencou no Rio Paraibuna no final do mês de junho e culminou na morte de uma adolescente de 17 anos. Conforme o delegado que presidiu o inquérito, Márcio Roberto Savino Lopes, ele foi indiciado por homicídio culposo no trânsito (artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro), por ter deixado de prestar socorro à vítima e conduzir o veículo sob influência de álcool. Ainda conforme a Polícia Civil, teria havido alteração de local de crime, uma vez que o veículo foi retirado, fato que acabou prejudicando as investigações e identificação do automóvel, segundo informou a Polícia Civil. O suspeito tem 25 anos.
O acidente ocorreu na noite do dia 30 de junho, na Avenida Francisco Valadares, na altura do número 1.000, no Bairro Furtado de Menezes. Conforme laudo pericial e informações das testemunhas em cartório, o veículo seguia no sentido bairro-centro e teria colidido contra o meio-fio da via, subido na calçada e caído no Rio Paraibuna.
Quando os militares chegaram ao local, o Corpo de Bombeiros já fazia trabalhos de resgate. À época, populares informaram que quatro pessoas teriam conseguido sair do automóvel logo após a queda no rio, exceto a vítima, que ficou dentro do carro. Os bombeiros fizeram mergulhos sucessivos. A correnteza e a turbidez da água tornaram o trabalho de resgate ainda mais difícil. Após várias tentativas, a garota foi encontrada com vida, no entanto, acabou falecendo horas depois no Hospital de Pronto Socorro.
As investigações tiveram início no dia seguinte ao ocorrido e foram focadas na identificação dos ocupantes e do próprio automóvel. Após diligências junto à família da vítima, inicialmente, foi possível qualificar dois ocupantes, sendo o terceiro um cantor de funk residente no Rio de Janeiro. A vítima estaria no banco do carona, enquanto os três, no banco de trás.
Auxilio das redes sociais
Após cruzamento de informações e a obtenção de uma foto nas redes sociais momentos antes do acidente, as testemunhas qualificadas puderam apontar quem era o suspeito de estar dirigindo o veículo. Ele foi intimado a prestar depoimento na unidade policial e usou seu direito de permanecer calado. Apesar disso, a polícia concluiu o caso com o indiciamento do rapaz, e o inquérito foi encaminhado à Justiça.