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Dois são presos por homicídio na porta de casa de show

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Roupas usadas pelos suspeitos foram identificadas e ajudaram na prisão da dupla
Polícia apresentou a moto utilizada pelos suspeitos na fuga após o crime
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Em menos de 24 horas após o assassinato de uma mulher, 34 anos, na porta de uma casa de shows na Avenida Brasil, altura do Bairro Ladeira, Zona Leste, na madrugada de domingo, dois suspeitos, de 24 e 28, foram presos em flagrante. A dupla foi capturada pela equipe da Delegacia Especializada em Homicídios no Bairro Nossa Senhora Aparecida e vai responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. Conforme o delegado Rodrigo Rolli, responsável pelo caso, a bala que acertou a cabeça de Cíntia Maria Santana teria sido disparada pelos dois amigos, que eram frequentadores da Toca da Raposa. Eles teriam sido retirados do local por seguranças, após uma briga, e retornado armados, minutos depois, para atirar contra os funcionários da casa.

De acordo com o boletim da Polícia Militar, a dupla voltou em uma moto Honda, por volta das 4h, e abriu fogo contra os seguranças. Os suspeitos danificaram o vidro da porta do estabelecimento, e uma das balas atingiu a vítima, moradora do Bairro São Sebastião, na Zona Leste. Conforme o delegado, ela não tinha relação com o tumulto, mas, por uma fatalidade, estava perto dos funcionários no momento dos disparos. “Segundo o namorado dela, o casal se preparava para ir embora. Ele ainda chegou a ver um homem na moto, apontando um objeto, e pediu aos seguranças para abrirem a outra porta, mas houve tempo. Os disparos começaram e um deles atingiu a vítima”, relatou Rolli, acrescentando que Cíntia e o namorado já tinham atuado como seguranças, porém, naquele momento, ambos eram apenas frequentadores da Toca da Raposa.

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Conforme o inspetor da Especializada Anderson Salvador, as buscas pelos suspeitos começaram tão logo a Polícia Civil recebeu a informação do crime. “Tivemos acesso às imagens do circuito de segurança da casa de shows, o que nos ajudou a identificá-los. A roupas que eles vestiam na hora do crime e o capacete utilizado para danificar a porta do estabelecimento, encontrados nas casas deles, foram primordiais para a prisão”, afirmou o inspetor, lembrando que ainda foi encontrado maconha com o suspeito mais velho.

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Vítima
Depois de baleada, a mulher chegou a ser socorrida pelo Samu, sendo encaminhada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde deu entrada em estado grave na sala de cirurgia. Ela não resistiu ao grave ferimento e faleceu às 6h40, menos de três horas depois, segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde. O corpo foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML). Cíntia foi velada no Cemitério Municipal e sepultada na manhã de ontem. Segundo familiares, ela deixou quatro filhos e uma neta.

Sem histórico de violência

Segundo o comandante da 70ª Companhia da PM, responsável pelo policiamento da região onde está localizada a Toca da Raposa, capitão Eduardo Rocha, a casa noturna não tem histórico de crimes violentos em seu entorno, e o policiamento naquela região é feito de forma constante por meio de viaturas. “Voltaram para se vingar dos seguranças e, infelizmente, aconteceu essa tragédia”, atestou o policial.

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O presidente da Escola de Samba Unidos do Ladeira, responsável pela Toca da Raposa, Marcus Valério Mendes, enfatizou que o crime aconteceu do lado de fora do estabelecimento, que estava alugado para um evento de pagode. “O show já tinha acabado, e os caras (que atiraram) estavam na esquina.” Ele declarou que as imagens das câmeras de vigilância foram entregues à polícia e possibilitaram a prisão dos suspeitos. “Temos todo o tipo de segurança, inclusive com 26 câmeras, que gravam tanto a parte interna, quanto a externa.”

 

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Terceiro assassinato

Esse foi o terceiro homicídio registrado neste fim de semana na cidade. Os outros dois casos aconteceram na madrugada de sábado. Em Nova Benfica, Zona Norte, o sargento reformado da Polícia Militar José Carlos Leôncio, 51, foi alvejado por três tiros em um bar. Atingido por um disparo na cabeça e dois no tórax, ele não resistiu e morreu no HPS. Dois suspeitos foram presos. Junto com mais um ou dois comparsas, eles teriam cercado o homem no estabelecimento após descobrirem que ele era policial. Um revólver calibre 22 foi apreendido.

Já no Bairro JK, Zona Sudeste, Fábio da Silva Costa, 35, foi assassinado com sete tiros dentro de casa. Segundo a PM, a mãe da vítima relatou que ouviu barulho de disparos e, ao entrar no quarto do filho, o encontrou sobre a cama. O Samu constatou o óbito.

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