Duas mulheres, de 34 e 29 anos, foram presas por maus-tratos a animais em um canil clandestino localizado no Bairro São Pedro, na região da Cidade Alta, em Juiz de Fora. No local, havia 67 cachorros de raças e porte variados, que seriam usados para procriação e venda. A ocorrência foi registrada na tarde desta quinta-feira (14) pela Polícia Militar do Meio Ambiente (PMMA).
De acordo com informações repassadas à Tribuna pelo tenente Lucas Antônio Costa de Carvalho, comandante do Pelotão da PMMA de Juiz de Fora, no local foram encontrados cães de raças como shih-tzu, chihuahua, spitz alemão, chow-chow e bulldog francês, entre adultos e filhotes. Alguns dos animais ficavam em gaiolas durante 24 horas por dia, segundo o militar.
O canil clandestino foi localizado após a corporação receber uma denúncia anônima. Conforme a Polícia, o local estava insalubre, com excrementos dos animais acumulados e mau cheiro, sinais de que não havia nenhum tipo de limpeza. Os militares constataram que os animais tinham vasilhas de água e havia ração, entretanto, o espaço estava superlotado.
Por existirem baias, a residência apresentava características de canil, mas não havia alvará de funcionamento. À PMMA, as suspeitas informaram que fazem a reprodução dos animais para a venda, que são feitas por meio de um portal on-line. Os animais seriam vendidos na faixa de R$ 500 à R$ 1.500. Elas também disseram que os cães não fazem parte de seu convívio social, ficando apenas nas baias do terraço.
Proprietárias de canil clandestino serão multadas
Após exame clínico, um médico-veterinário constatou que as suspeitas teriam praticado o crime de maus-tratos contra todos os animais. Diante do laudo, elas foram presas em flagrante delito e conduzidas à delegacia da Polícia Civil. Além disso, a PMMA confeccionou laudo de infração para ambas, sendo que uma será multada no valor de R$106.121,97, e a outra, de R$ 28.510,38,
Os animais foram encaminhados para o Canil Municipal, onde serão abrigados e receberão os devidos cuidados veterinários.
Como destacado pelo tenente Carvalho, toda a fiscalização foi feita com base na lei estadual 22.231/2016, que dispõe sobre a definição de maus-tratos contra animais em Minas.