Pai e filho foram presos nesta segunda (14) de manhã pela Polícia Civil, suspeitos do assassinato de Maycon Roberto Amâncio, 27 anos, em 14 de fevereiro deste ano, no Bairro Miguel Marinho. Segundo a investigação, a vítima sofreu quatro facadas porque teria assediado sexualmente a filha e a irmã dos suspeitos, uma adolescente de 12 anos, com pretexto de levá-la para uma igreja.
O pai, 38, e o filho, 19, foram presos no Bairro Parque das Águas, durante cumprimento de mandado de prisão temporária expedido pela Justiça contra ambos. Eles foram conduzidos para a delegacia, onde prestaram depoimentos e, em seguida, encaminhados para o Ceresp.
De acordo com o delegado Rodrigo Rolli, responsável pela investigação, um terceiro suspeito de participação no crime já foi identificado e já tem contra ele um mandado de prisão expedido, mas ainda não foi encontrado. Segundo o policial, a dupla esclareceu que a motivação do crime seria o assédio a que Maycon vinha submetendo a adolescente, de 12 anos.
“Por meio do pretexto de levá-la para a igreja, a vítima cercava a garota e tentava beijá-la. Inclusive indo para dentro de casa, onde tentava acariciá-la”, contou Rolli, acrescentando que, no depoimento, o pai disse que ele e o filho foram ao local para tirar satisfação com Maycon, mas os ânimos teriam se exaltado, quando seu filho buscou uma faca e a desferiu contra a vítima.
Ainda segundo o delegado, o terceiro identificado seria quem deu cobertura ao pai e ao filho, desfazendo-se da faca e ficando com o celular da vítima. “Nossa equipe esteve em Lima Duarte, onde este suspeito foi visto pela última vez, mas não o encontramos. Continuamos a procurá-lo”, confirmou o Rolli, acrescentando que a adolescente que era assediada pela vítima será ouvida em depoimento.
O crime
Maycon morreu após ser esfaqueado e não resistiu aos ferimentos, vindo a óbito na UPA Norte, onde havia sido atendido. Ele foi socorrido por um motorista que passou pelo local e o encaminhou para a unidade de saúde, onde deu entrada com perfurações no pescoço, peito e costas. No dia do ocorrido, a PM informou que moradores chegaram a escutar gritos de socorro, mas ninguém presenciou a cena.