A condutora de 36 anos investigada pela batida fatal na Serra do Bandeirantes, na noite de domingo, 13 de outubro, será indiciada por homicídio qualificado com dolo eventual – quando o agente assume o risco de matar, mesmo sem ter intenção – pela morte do menino Ângelo Gabriel Rodrigues de Mendonça, de 2 anos de idade.
Além disso, o delegado Rodrigo Rolli também remeterá ao Judiciário nesta quarta-feira (13) o indiciamento por lesão corporal leve, referente a outros quatro passageiros do veículo atingido, e por lesão corporal grave, referente à irmã de Ângelo, de 9 anos de idade.
Ângelo não resistiu aos ferimentos sofridos na batida e teve morte cerebral confirmada no dia 16, três dias depois da ocorrência. Já a irmã também ficou gravemente ferida. Ela apresentou melhora em seu estado de saúde no dia 31, quando passou a respirar sem auxílio de aparelhos, mas segue internada no CTI infantil da Santa Casa de Misericórdia.
O inquérito, com cerca de 211 páginas, que revelou a ligação de um outro motorista para o 190, alertando sobre risco de acidente, foi concluído na terça-feira (12). Outra descoberta registrada no documento é a de que, em três pontos do percurso realizado pela mulher, ao passar pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), ela dirigiu no dobro da velocidade permitida.