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Morte de motorista de aplicativo passa a ser investigada como tentativa de latrocínio

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Arma utilizada no crime foi apresentada pela polícia nesta quarta-feira (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
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A Polícia Civil apreendeu nesta quarta-feira (13) a arma utilizada no assassinato de Edson Fernandes Carvalho, 21 anos, motorista de aplicativo morto com um tiro na cabeça na noite da última sexta-feira (8), na Rua Todos os Santos, no Santos Anjos, Zona Sudeste de Juiz de Fora. Trata-se de um revólver calibre 38 encontrado em posse de um jovem de 19 anos, no mesmo bairro onde o crime foi realizado. Ele também teria participação na morte, mas não estava na cena do crime. Segundo as apurações, o rapaz é apontado como o responsável por esconder o armamento após a morte de Edson. Além dele, outros dois suspeitos, de 17 e 18 anos, foram apresentados à imprensa como possíveis envolvidos na ação. A coletiva desta quarta foi acompanhada por alguns motoristas de aplicativo que cobram respostas para o caso. No sábado, alguns deles realizaram uma manifestação no período da tarde, cobrando pela segurança da categoria.

Durante a entrevista concedida por Rodrigo Rolli, titular da Delegacia Especializada em Homicídios, foi apresentada uma nova linha de investigação, passando a tratar o episódio como tentativa de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Anteriormente, a polícia acreditava em homicídio. De acordo com Rolli, os adolescentes pretendiam roubar o carro para fazer um ataque a um grupo rival no Bairro São Benedito. “Dois adolescentes, de 15 e 17 anos, participaram efetivamente deste assassinato. Eles teriam tentado roubar o veículo de Edson e, com o carro, seguiriam para o bairro vizinho, o Santa Cândida. A mando de outros dois homens, tentaram subtrair um veículo a ser utilizado para adentrar no bairro rival que eles intitulam como inimigos. Caso conseguissem êxito, cometeriam uma ação delituosa contra os adversários”, disse o delegado lembrando, mais uma vez, que o tráfico de drogas e a rixa entre grupos rivais são o pano de fundo para a maior parte das mortes violentas em Juiz de Fora.

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Conforme as apurações, o jovem de 15 anos, que estava na companhia de seu comparsa, 17, foi o responsável por apertar o gatilho contra a vítima. “Foi uma ação tão inesperada que ambos não fugiram juntos e cada um foi para um lado”, afirmou Rolli. Ainda conforme o delegado, será solicitado o acautelamento dos dois adolescentes junto à Vara da Infância e da Juventude. A respeito da outra dupla que teria participação indireta no crime, um deles, de 19 anos, foi preso em flagrante e o outro, 18, ainda será ouvido para apurar sua participação. A princípio, a polícia acredita que ela tenha sido o mandante do roubo do carro.

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Mudança na linha de investigação

A mudança na linha de investigação ocorreu após depoimentos dos suspeitos. . Na tarde desta terça-feira, o infrator mais novo havia informado que ele e o companheiro estavam fazendo uso de maconha, quando receberam uma mensagem via WhatsApp, avisando que havia “um pessoal” do Bairro São Benedito querendo matá-los, à procura deles em um carro semelhante ao do motorista de aplicativo. Entretanto, o delegado já havia notado incongruências na versão apresentada pelo adolescente, uma vez que a pessoa apontada por ele como comparsa encontra-se presa no sistema prisional da cidade. O passageiro, 29, que estava no veículo no dia do crime ainda não foi ouvido. Segundo Rolli, ele encontra-se hospitalizado, aguardando por cirurgia. A Tribuna teve acesso a seu nome completo nesta quarta e solicitou informações sobre o estado de saúde junto à Secretaria de Saúde que, até a publicação da postagem, não retornou.

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