A Unidade de Atenção Primária à Saúde (Uaps) do Bairro Santa Rita, na Zona Leste, deve retomar todos os atendimentos nos próximos dias. O posto ficou fechado por uma semana, após um rapaz de 25 anos, ter sido executado a tiros no local, no último dia 1º. Na ocasião, um homem de 50 anos, que também aguardava atendimento, foi baleado. De acordo com a assessoria do Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, o homem segue internado em estado grave no CTI. Na última quinta-feira, os serviços na unidade voltaram a funcionar de maneira parcial. Segundo a assessoria da Secretaria de Saúde, os procedimentos têm sido retomados de maneira gradual. A expectativa é que, até o final desta semana, as duas equipes formadas por um médico, um enfermeiro e um auxiliar de enfermagem, cada uma, voltem a atuar.
De acordo com a pasta, no momento, a unidade segue com o apoio de apenas uma equipe composta por um médico e duas auxiliares de enfermagem, que trabalham oferecendo atendimento imediato e marcação de consultas. Além disso, seis agentes comunitários de saúde trabalham normalmente, realizando visitas domiciliares e entrega de exames à população.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos, Gilson Salomão, na última sexta-feira, foi realizada uma reunião entre o sindicato e o subsecretário de Atenção Primária à Saúde, Thiago Horta, para debater o assunto. “Pedimos o remanejamento da equipe que estava no local no dia do fato, visto que as pessoas estavam extremamente abaladas psicologicamente. Como consideramos as condições de trabalho importantíssimas para garantir a qualidade do atendimento ao usuário, solicitamos que os profissionais sejam remanejados se não quiserem retornar ao trabalho. E as equipes que forem transferidas para lá que tenham garantia de total integridade física”, afirmou Salomão. A assessoria da Secretaria de Saúde informou que cada caso está sendo avaliado e, à medida em que houver oportunidade, o pedido poderá ser acatado.
Sobre a possível carência de médicos afastados em virtude da violência, o presidente do Sindicato disse que não há registros e que o programa “Mais médicos” veio a suprir a carência de profissionais. “Não temos a informação de falta de médicos em decorrência da violência.” Segundo Salomão, um ofício solicitando mais segurança no local deve ser encaminhado à Polícia Militar ainda esta semana.