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Concurso vai eleger ponte mais resistente feita de papel

Estudantes têm à disposição papel cartão, cola branca, lápis, régua, borracha, estilete e tesoura
Estudantes têm à disposição papel cartão, cola branca, lápis, régua, borracha, estilete e tesoura
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Dezoito equipes formadas por estudantes do ensino médio de seis escolas públicas de Juiz de Fora disputam, no próximo sábado, qual será a ponte de papel mais resistente às cargas de água durante a cerimônia de ruptura, que acontece na UFJF. Os grupos participam do 1° Concurso de Pontes de Papel das Escolas Públicas de Juiz de Fora, e, desde a tarde de ontem, estão empenhados na construção dos objetos no Centro de Ciências da UFJF. Munidos de papel cartão, cola branca, lápis, régua, borracha, estilete e tesoura, os adolescentes aplicam os conhecimentos de física e matemática para seguir a planta já elaborada, inspirada nas pontes construídas sobre o Rio Paraibuna.

“Queremos despertar nestes alunos o interesse e o gosto pela área da ciência e da tecnologia, aproximando a teoria, a prática e o cotidiano. Durante esta etapa, eles conseguem aplicar os conhecimentos obtidos em sala de aula, como cálculos para fazer a montagem de tração e compressão”, comenta o coordenador do Centro de Ciências, Eloi Teixeira César, acrescentando que todos receberam o mesmo material para a construção das pontes. A equipe vencedora levará para casa R$ 600 em vale livro.

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Até 2013, a competição acontecia apenas entre os alunos do Colégio de Aplicação João XXIII, mas, a partir deste ano, outras escolas foram convidadas. “Deixamos as inscrições livres e tivemos mais de 30 equipes inscritas. Mas, devido ao espaço físico, tivemos que realizar um sorteio”, explica Eloi. Além do João XXIII, concorrem as escolas estaduais Antônio Carlos, Clorindo Burnier, Duque de Caxias e Fernando Lobo e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IF Sudeste). Alunos de engenharia civil membros do Programa de Educação Tutorial (PET Civil) ajudam a orientar os participantes.

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Futuro na engenharia

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A maioria dos estudantes inscritos almeja seguir carreira em alguma área da engenharia. Estudante do Clorindo Burnier, Lucas Gabriel Marques, 16 anos, conta que o interesse pelas construções começou ainda na infância, por influência do pai. “É uma área bem interessante. Física é minha matéria favorita.” Mateus Moura, 17, é aluno do Fernando Lobo, e há dois anos atua como bolsista júnior de química no Centro de Ciências. “Quero seguir engenharia química, mas a civil também é legal. Sou curioso e sempre busquei respostas para aquilo que me intriga.”

Buscando sua segunda vitória no concurso, a aluna do João XXIII, Júlia Lopes, 16, avalia que, neste ano, as coisas estão mais difíceis. “Sentimos uma pressão por já ter vencido em 2013, mas ter contato com outros alunos é divertido.” Ela entrega que, dos colegas de equipe, é a única que pretende seguir carreira fora da engenharia. “Quero fazer direito, mas, achei a área de engenharia bem interessante. Quem sabe não mudo de opinião?”.

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