A Delegacia de Polícia Civil de Juiz de Fora, no Bairro Santa Terezinha, região Nordeste, está fechada nesta quinta-feira (13). Os serviços relacionados à delegacia de trânsito, como as vistorias, também estão suspensas. Apenas os serviços de urgência, como o Instituto Médico Legal, e o plantão estão funcionando. A parada, que ocorre em todo o estado, faz parte de uma manifestação da categoria, que pede ao Governo isonomia com o tratamento recebido pela Polícia Militar na reforma da Previdência.
De acordo com o presidente da regional de Juiz de Fora do Sindicato da Polícia Civil (Sidpol), Givanildo Guimarães Reis, esta não é a primeira vez que a categoria se manifesta. Porém, nesta quinta, a ideia é que os serviços sejam parados o dia todo para “mostrar ao governador que a forma que está sendo conduzida a reforma, sem conversa com a categoria, não iremos aceitar. Estamos arriscando nossas vidas trabalhando na pandemia”, disse.
Segundo Givanildo, a expectativa é que apenas os serviços da delegacia de trânsito, que funciona no prédio de Santa Terezinha, sejam liberados na parte da tarde. “É um serviço com muita demanda, e hoje pela manhã já havia uma fila, então, devemos atender de tarde.” A assessoria de comunicação do 4º Departamento de Polícia Civil, no entanto, informou que a “Regional e as demais delegacias estão funcionando normalmente”.
‘Sem discussão’
Os servidores estaduais reclamam da forma como o projeto foi enviado à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), “sem discussão”, em meio à pandemia da Covid-19, o que impede, na sua avaliação, que o mesmo seja “amplamente discutido”, com a participação da sociedade e dos servidores.
A proposta de reforma enviada pelo governador Romeu Zema (Novo) prevê a adoção de alíquotas progressivas. As regras atuais preveem o desconto de 11% nos salários de todo o funcionalismo público. O texto enviado sugere alíquotas distintas conforme a faixa de vencimentos. Há mudanças, ainda, na idade mínima para a aposentadoria e no tempo de contribuição necessário para pedir o benefício. Homens precisarão trabalhar por mais cinco anos. Mulheres, por mais sete.