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Fiéis celebram Dia de Santo Antônio

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Atualizada às 15h20

A manhã gelada desta segunda (13) não impediu os católicos de participarem das festividades em homenagem a Santo Antônio, padroeiro da cidade. Ao longo de todo o dia, várias missas estão sendo realizadas na Catedral Metropolitana, todas elas cheias de fiéis, que vão renovar sua fé no santo, além de garantir o tradicional pãozinho, entregue ao final de cada celebração e que simboliza fartura. Serão distribuídos, no total, cerca de 26 mil unidades. Uma procissão com a imagem do santo também marcou o dia logo pela manhã. O cortejo saiu da Igreja de São Sebastião em direção à Catedral pela Avenida Rio Branco. Após a chegada, o arcebispo dom Gil Antônio Moreira presidiu a missa, que teve participação do Coral Pró-Música/UFJF. As celebrações ocorrem a cada duas horas, e a última está marcada para as 20h. Uma feira com barraquinhas de doces e caldos ocorre no salão paroquial desde as 14h.

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“Santo Antônio é um exemplo de vivência, de pregador e de estudo do evangelho. Ele dizia que não basta só estudar e citar a Bíblia, tem que vivê-la. A distribuição dos pães é o gesto concreto no que diz respeito à atenção que ele tinha com os pobre e com os humildes”, destacou dom Gil. Os pães, segundo o religioso, simbolizam um milagre do santo enquanto morava no convento. Ele teria pego todos os pães, que seriam servidos aos frades, e dado aos pobres. O cozinheiro do local, desesperado por não ter o que servir, recorreu a ele. Santo Antônio disse para não se preocupar e voltar à dispensa. Chegando lá, os cestos estavam cheios de pães. “Este foi o milagre de Deus para recompensar aquele que dá com alegria”, comentou.

Ao receber o pão bento, os católicos pedem para que nunca falte alimento em suas casas. Por isso o costume de muitos em guardá-lo junto aos mantimentos. A cuidadora de idosos Sônia Aparecida da Silva, 52 anos, participa desde a infância das missas na Cadetral e garante o seu pão todos os anos. “Nunca me faltou nada, graças à fé e à admiração que tenho por Santo Antônio desde a infância”, conta. O vidraceiro Aloízio José dos Anjos, 61, sempre agradece ao santo pela proteção que recebe para a família e pela união com a esposa, que completa 40 anos. “Somos um casal abençoado por ele”.

Falando nisso, Santo Antônio também possui a fama de santo casamenteiro. A história conta que, ainda frade, Santo Antônio teria ajudado um homem pobre a conseguir o dote para casar com a mulher que amava, que pertencia a uma família mais abastada. As amigas Lidiane Reis, 26, e Tamires Lopes, 24, acompanharam uma das missas e estavam pensando em recorrer ao santo para ter uma ajudinha amorosa. “É capaz de fazermos uma das simpatias. A Tamires quer deixá-lo em um copo com gelo até o marido aparecer”, brincou Lidiane, que tem costume de acompanhar as missas em homenagem ao santo desde que veio morar na cidade, há 13 anos.

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Santo Antônio e a cidade
A ligação entre o santo e Juiz de Fora, segundo historiadores, vem de antes da fundação da cidade. Em 1741, um fazendeiro de nome Antônio pediu autorização para construir uma capela em honra a Santo Antônio, e o povoado foi se estruturando em torno desta capela. Hoje, o santo português, um dos mais populares da Igreja Católica, é padroeiro da cidade, da Arquidiocese e do Seminário Arquidiocesano. “Juiz de Fora nasceu e cresceu ao redor de sua devoção e continua louvando e o colocando como grande exemplo e intercessor de nós junto a Deus”, pontua dom Gil.

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