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Guerra entre CV e PCC motivou morte de detento em penitenciária de Juiz de Fora, aponta MPMG

Morte de detento em 2023 foi motivada por guerra entre CV e PCC
Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires (Foto: Felipe Couri)
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Dois homens foram condenados por homicídio triplamente qualificado e por fraude processual, em crime cometido dentro da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, no Bairro Linhares, na Zona Leste de Juiz de Fora, na madrugada do dia 20 de julho de 2023. A sessão do Tribunal do Júri, que definiu a sentença, foi realizada na última quinta-feira (8).

Os envolvidos foram condenados a penas de 34 e de 29 anos de prisão. Conforme narrado na denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os dois homens asfixiaram outro detento e, posteriormente, simularam um suicídio dentro de uma cela da penitenciária. O motivo apontado foi a guerra entre as facções Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC).

“O conselho de sentença reconheceu a materialidade e a autoria dos crimes apontados, bem como acolheram as qualificadoras sustentadas pelo Ministério Público no sentido de que a tentativa de homicídio foi cometida por motivo torpe, pela guerra de facções, e com recurso que dificultou a defesa da vítima, com emprego de asfixia”, complementa o MPMG.

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Relembre o caso

Wilson dos Santos Albertino Junior foi achado por policiais penais enforcado, após outros presos gritarem que “alguém havia pulado na corda”. A vítima já estava imóvel, e foi solicitado apoio armado para retirada dos outros quatro acautelados que estavam no mesmo cômodo. À época, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG) informou que a direção da unidade prisional havia aberto um procedimento de investigação interna para apurar administrativamente o ocorrido. A vítima havia dado entrada na unidade no dia 18 de julho de 2023.

Em um intervalo de 24 horas, o detento Jhony Roberto da Silva Carlota, de 34 anos, também foi encontrado morto. Os demais presos da cela informaram aos policiais penais que ele havia “pulado na teresa”, uma espécie de corda artesanal feita com lençol ou cobertor. O acautelado estava enforcado atrás da divisória do banheiro, sem sinais vitais. Entretanto, o MPMG não informou se este caso também envolve guerra entre o CV e o PCC.

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