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Operação conjunta apreende drogas avaliadas em mais de R$ 10 milhões

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Uma grande apreensão de drogas, avaliadas em mais de R$ 10 milhões, foi realizada em Juiz de Fora, nesta quinta-feira (13), durante ação conjunta desencadeada pelas polícias Civil e Rodoviária Federal (PRF). O entorpecente foi localizado junto com armas, munições e produtos químicos, em um apartamento no Bairro Bom Pastor, na Zona Sul da cidade. O imóvel, além de servir para armazenar, era usado como laboratório de refino de drogas por uma organização criminosa. Um homem, de 35 anos, foi preso suspeito de integrar o esquema, sendo responsável pelo transporte do material ilícito. Um segundo suspeito, que está foragido, foi identificado. Ele conseguiu fugir, pulando a janela do imóvel, quando percebeu a chegada das polícias.

Além dos mais de 3 mil quilos de maconha, os policiais encontraram, no apartamento, 140kg de cocaína, 100kg de skank, cerca de 10kg de pasta base de cocaína, cerca de 10 mil comprimidos de ecstasy, armas e farta munição (Foto: Fernando Priamo)

Além dos mais de 3 mil quilos de maconha, os policiais encontraram, no apartamento, 140kg de cocaína, 100kg de skank, cerca de 10kg de pasta base de cocaína, aproximadamente 10 mil comprimidos de ecstasy, duas armas de calibre 12, duas pistolas, um revólver e farta munição. De acordo com a investigação, a maior parte da droga seria distribuída em Juiz de Fora, mas as remessas poderiam ser destinadas também a municípios da região ou de outros estados.

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Delegado informou que, pela quantidade droga e pelos materiais químicos que estavam no imóvel, que deixam o ambiente com um forte odor, dificilmente alguém morava nele (Foto: Fernando Priamo)

Segundo o delegado Rogério Woyame, titular da Delegacia de Repressão a Roubos e um dos coordenadores da investigação, o trabalho policial, a partir de agora, será focado na identificação de outros envolvidos no esquema, em Juiz de Fora, assim como na dinâmica de como era a movimentação da droga no município.

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Conforme Woyame, o homem preso, que não teve sua identidade divulgada, foi levado para a Delegacia de Santa Terezinha, acompanhado de um advogado e se reservou ao direito de permanecer calado. “Mas não resta dúvida sobre seu envolvimento, e ele será encaminhado ao sistema prisional, sendo indiciado por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, na questão das armas ilegais e dos próprios produtos químicos”, afirmou durante coletiva à imprensa.

O delegado informou que, pela quantidade droga e pelos materiais químicos que estavam no imóvel, que deixam o ambiente com um forte odor, dificilmente alguém morava nele. “Além da grande quantidade de droga, também chama a atenção a variedade. Eles estavam extraindo óleo da maconha para fazer haxixe e transformando pasta base de coca para transformar em cocaína em pó para venda. Então, o local não era só para guarda, mas para fazer o refino da droga e, por conta disso, acreditamos que a maior parte seria vendida aqui em Juiz de Fora. A própria apreensão do ecstasy chama a atenção, porque não estão sendo realizadas festas raves na cidade e tudo isso será investigado”, adiantou.

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Investigação de roubo e clonagem de veículos

Ainda segundo o titular da Repressão a Roubos, a localização da droga foi resultado de uma investigação, que há meses vem sendo realizada de forma conjunta com a PRF, envolvendo roubo e clonagem de veículos. “Podemos dizer que a relação do veículo clonado com o tráfico é que os criminosos acabam roubando e clonando veículos para fazer o transporte da droga. E, nesse caso de hoje, quando os policiais foram atrás do suspeito de clonagem, encontraram o local cheio de droga”, explicou.

O policial Leonardo Facio, da PRF, também participou da coletiva, e destacou que essa investigação entre as duas polícias visava a identificação de veículos clonados. “Por meio da identificação de um desses veículos, foi possível perceber que, além de ser clonado, estava envolvido no tráfico de drogas. Com a busca por esse veículo, que é uma caminhonete, acabamos encontrando o local onde as drogas estavam armazenadas, já que ela estava na garagem do edifício onde fica o apartamento.”

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Ainda como apontou Facio, o grande montante de drogas encontrado é surpreendente. “Esse apartamento não é muito grande, e essa quantidade, geralmente, é encontrada dentro de caminhões, fazendas, galpões”, disse, acrescentando que: “assim como Juiz de Fora é referência para empreendimentos legais, tem sido referência para empreendimentos ilícitos, fazendo parte de uma rota de tráfico, clonagem e roubo de veículos. Temos percebido que o município pode estar sendo usado como depósito de drogas para distribuição para outras cidades da região.”

Prejuízo para o crime

Para o delegado regional de Juiz de Fora, Armando Avólio, essa foi mais uma operação de sucesso da Polícia Civil em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal. “Foi muito exitosa essa ação, uma vez que conseguimos dar um prejuízo de mais de R$ 10 milhões para essa organização criminosa. Acreditamos que, tão importante como tirar essas armas e drogas de circulação, é o prejuízo financeiro, que dificulta a volta da organização para esse mercado ilícito e, assim, quem ganha é a população de Juiz de Fora”, ressaltou.

Avólio enfatizou que acredita que a maior parte da droga seria para abastecer Juiz de Fora, mas a investigação irá continuar para apurar quais seriam os outros destinos da droga e das armas. “Não acreditamos que poderia sair do país, porque Juiz de Fora tem uma localização muito favorável para distribuição em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. A origem da droga também está sob apuração”, pontuou.

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“As investigações vão continuar, porque se trata de uma organização criminosa, que tem tentáculos, e pretendemos chegar aos outros envolvidos”, destacou o chefe do 4º Departamento de Polícia Civil, Gustavo Adélio Lara Ferreira.

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