A Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura está ciente da presença de usuários de drogas debaixo da Ponte Luiz Ernesto Bernardino Alves Filho, mas reconhece a dificuldade em resolver a situação. Conforme a pasta, a equipe de abordagem social já esteve no local várias vezes, porém muitas das pessoas que permanecem debaixo da estrutura se recusam a sair.
De tempos em tempos, a equipe retorna à ponte para oferecer os serviços do Centro Pop e do Núcleo do Cidadão de Rua, que permitem que a população de rua tenha abrigo, alimentação, pernoite e atividades com o objetivo reinserí-las na comunidade, mas poucos aceitam a oferta.
A Secretaria ressalta, porém, que caso os moradores flagrem a venda de drogas, devem denunciar à Polícia Militar pelo 190. Para solicitar os serviços da abordagem social, o telefone é o 3690-7770.
A respeito da vedação do acesso ao local debaixo da ponte, a Secretaria de Obras esclarece que a margem do Rio Paraibuna é uma Área de Preservação Permanente (APP), o que, por si só, inviabiliza tal construção, visto que a autorização deve ser emitida pelos órgãos ambientais competentes. Entretanto, a construção de tal mureta diminuirá a seção de vazão do rio, ou seja, deixaria o local propenso a transbordamentos. Por isso, a pasta enfatiza que a questão não é somente técnica, como também ambiental. As capivaras, por exemplo, teriam seu habitat natural “invadido”, o que poderia acarretar a ida das mesmas para o asfalto, gerando um problema ainda maior.
Quanto ao terreno do campo de futebol, a Secretaria de Atividades Urbanas realizou diligência no local e identificou o responsável pela área. Ele será notificado a tomar as providências necessárias.
Sobre os trilhos
Acerca dos problemas apontados envolvendo a linha férrea, a MRS, concessionária que administra o trecho, afirma que uma ação direta só pode ser exercida pelas autoridades públicas de segurança. A empresa reitera que não tem, por questões éticas, legais e técnicas, poder de polícia. Porém, em casos críticos, seu setor de Segurança Patrimonial aciona imediatamente as autoridades responsáveis. Além disso, disponibiliza o telefone 0800-979-3636, caso membros da comunidade queiram compartilhar informações.
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