O Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) 2017 registrou 7,81% de ausentes nos dois dias de prova, percentual menor que o da última edição, quando 12,74% dos candidatos faltaram ao exame. O módulo com o maior número de ausentes foi o primeiro (Pism I), com 9,08% de candidatos faltosos, correspondendo a 1.211 do total de 13.334 inscritos. Já em Governador Valadares, a UFJF registrou um total de 248 ausentes.
No Campus da UFJF, houve 134 pedidos de atendimento especial, sendo 128 desses realizados no prédio da Faculdade de Educação, enquanto outros quatro foram acolhidos em prédios com salas comuns, com atendimento específico. Já o campus avançado de Governador Valadares registrou sete atendimentos especiais.
Após percorrer 316 quilômetros durante mais de cinco horas de viagem, as amigas Sabrina Reis, 17 anos, e Paula Nicesio, 16, fizeram as provas do Módulo II e acreditam que valeu a pena percorrer toda a distância. “É uma oportunidade a mais”, conta Sabrina. De Além Paraíba, Isiane Rodrigues, 37, até chorou quando viu a filha, Marya Laura Rodrigues, entrando na sala para realizar o exame do Pism II. “Foi tanta luta, e vê ela agora crescendo e se preparando para entrar na universidade me emocionou.” Também de Além Paraíba, Lethícia Rego, 16, está empolgada com a UFJF. Ela quer tentar Direito e fez a prova do módulo II no prédio do curso. “Eu já gostei daqui, já quero ficar.”
As amigas Nathália Oliveira, 17, e Nayara de Souza, 17, acharam a prova difícil e estavam preocupadas. “Infelizmente, as escolas públicas não dão o ensino que a gente precisa. A gente acaba estudando mais por videoaulas, mas não é a mesma coisa”, desabafa Nathália. Ambas fizeram as provas do módulo II.
Explosão em laboratório no ICE
O incêndio ocorrido no Instituto de Ciências Exatas (ICE) da UFJF, na madrugada de ontem, não afetou a realização das provas do Pism no instituto. Conforme a universidade, o incidente ocorreu devido a uma pequena explosão no Laboratório de Espectroscopia e Estrutura Molecular (Neem), do Departamento de Química, que pode ter sido causada por problemas elétricos numa geladeira que armazenava produtos reagentes. Essas substâncias, ao ficarem sem refrigeração, provocaram a explosão, seguida de combustão. Em função do deslocamento de ar, houve quebra de alguns materiais e das vidraças de partes das janelas. Não houve vítimas.