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Quatro jovens são julgados por duplo homicídio de mulheres

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Presos foram apresentados durante a coletiva de imprensa em 22 de novembro de 2017 (Foto: Marcos Araújo)
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Quatro jovens, com idades entre 20 e 24 anos, estão sendo julgados nesta segunda-feira (12) pelo duplo homicídio qualificado de Tairine Lobo dos Santos, 26, e Josiane Militão da Rocha, 43, assassinadas com vários tiros dentro de uma casa no Bairro São Benedito, na Zona Leste de Juiz de Fora. O crime aconteceu no dia 13 de outubro do ano passado na Rua Araxá e chocou pela violência. O julgamento popular acontece no Tribunal do Júri do Fórum Benjamin Colucci. A sessão é presidida pelo juiz Paulo Tristão e teve início às 9h, com o sorteio dos jurados. Em seguida, começaram a ser ouvidas as testemunhas de acusação, para depois serem obtidos os depoimentos das testemunhas de defesa. Não há previsão para o término dos trabalhos e pronunciamento da sentença.

O duplo assassinato teria sido liderado por um quinto homem, 37, apontado como o atirador do bando. Ele teve seu processo desmembrado, por ainda estar recorrendo da decisão de ter sido pronunciado pelo juiz, junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). De acordo com o Ministério Público, “os acusados agiram por motivo torpe, em razão de rivalidades relacionadas ao tráfico de drogas e a homicídios envolvendo seus conhecidos e das vítimas”. Para o MP, o grupo ainda dificultou a defesa das mulheres, ao surpreendê-las dentro de casa com os disparos.

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Conforme a denúncia, as vítimas estavam na residência quando os homens entraram, portando ilegalmente armas de fogo. O homem que ainda recorre da decisão teria aberto fogo inicialmente contra Tairine e, em seguida, executado Josiane. Segundo a Promotoria, os outros quatro envolvidos “aderiram à conduta, prestando-lhe apoio moral e material, na medida em que também estavam armados, dando cobertura logística à execução dos homicídios, garantindo o êxito”.

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Tairine foi encontrada pela Polícia Militar no chão da cozinha, alvejada com cerca de quatro tiros na cabeça. Já Josiane estava morta no sofá da sala e apresentava sete perfurações na região do pescoço e na cabeça. A suspeita era de que o atirador havia entrado pela janela. A filha da mulher mais velha, uma jovem de 19 anos na época, teria presenciado o homicídio da mãe. Josiane teria avisado a outra filha sobre ameaças de morte que estava sofrendo por parte de um dos suspeitos. Na cena do crime, foram apreendidas 11 cápsulas deflagradas de pistola calibre 380.

Dois suspeitos, incluindo o suposto atirador, foram presos em flagrante pela PM. Já os outros três foram capturados pela Polícia Civil no dia 22 de novembro de 2017. As investigações indicaram que o duplo homicídio teria acontecido em resposta ao assassinato de um jovem, 20, alvejado cinco vezes na face, dois dias antes, no mesmo bairro.

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