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Hospital Regional João Penido cultiva canteiro terapêutico para bem-estar dos pacientes

hospital canteiro terapêutico
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Os funcionários do Hospital Regional João Penido (HRJP), localizado na Zona Nordeste de Juiz de Fora, criaram um canteiro terapêutico para promover bem-estar físico e mental aos pacientes da unidade. O espaço fica localizado na área externa de uma das enfermarias e tem plantas de diferentes texturas, cores e cheiros, proporcionando uma experiência sensorial. 

No início do ano, o projeto foi colocado em prática após uma conversa entre a terapeuta ocupacional e a direção do hospital e, há alguns dias, a ação foi retomada. O objetivo é oferecer um atendimento mais humanizado, afetivo e de mais qualidade aos pacientes internados nas enfermarias. 

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Para o coordenador de Enfermagem e Equipe Multidisciplinar (Coemult) da Diretoria Assistencial da Fhemig, Arthur Mendes, o canteiro terapêutico é uma prática que envolve a criação de espaços de jardinagem que oferecem um ambiente hospitalar mais agradável.

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“Esses canteiros são utilizados para atividades de horticultura e jardinagem, que podem ser realizadas pelos próprios pacientes ou acompanhados por profissionais de saúde, como terapeutas ocupacionais. A ideia é que a interação com a natureza e a atividade de cuidar das plantas ajudem a reduzir o estresse, melhorar o humor, estimular a socialização e até promover a reabilitação física”, diz o coordenador. 

A terapeuta ocupacional do HRJP, Renata Cezar Tagliati, conta que, inicialmente, a ideia era disponibilizar a atividade para os pacientes da clínica psiquiátrica. Porém, com o passar do tempo, observou-se que diversos pacientes – com condições clínicas estáveis e sem restrição ao leito, poderiam se beneficiar desse momento. 

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“Pensamos no bem-estar por meio de um envolvimento ativo, desenvolvendo autoestima, contribuindo na organização de pensamentos, sentimentos e estabilização do humor. É uma forma mais acolhedora e amena de vivenciar o período de internação, onde eles podem minimizar os sofrimentos e o afastamento das rotinas”, avalia Renata. 

‘Ajuda a suavizar a dor da internação’ 

Internado há mais de um mês no hospital, Paulo Milton da Costa, de 68 anos, aprovou a iniciativa. “Aquilo ali é a coisa mais maravilhosa que tive oportunidade de fazer. Mexer com terra é uma terapia. Você se esquece do mundo lá fora e entra no mundo das flores. Ajuda a suavizar a dor da internação. Se eu pudesse, ficaria aqui como voluntário depois de ter alta. Toda oportunidade que eu tiver de estar no canteiro, irei com o maior amor e carinho.” 

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Quem também gostou da proposta do canteiro terapêutico foi Daniela Damasceno Simião, de 28 anos. Ela chegou ao hospital em 9 de setembro e achou o projeto muito interessante. “Ficar tantos dias no leito dá uma depressão e, quando temos esse contato com a natureza, ficamos mais dispostos. É uma terapia para os pacientes, contribui muito para a nossa recuperação”, afirma ela, que nunca havia plantado e agora já planeja continuar a atividade. “Saindo daqui, quero fazer um jardim na minha laje”, comenta Daniela.

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