Se, num passado não tão distante, o acesso ao ensino superior era feito pelo tradicional vestibular, cujas provas eram aplicadas de forma independente pelas universidades, hoje existem diferentes portas que levam os jovens às faculdades públicas e particulares, como Enem e Sisu, além do Fies e do Prouni. Na UFJF, o Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) é visto como uma oportunidade de ouro. Quem avalia dessa forma são os próprios alunos que passaram por este processo. Em vez de recorrer aos professores e especialistas em educação, dessa vez a Tribuna foi ouvir dicas dos estudantes, mais especificamente quatro recém-ingressados na UFJF.
Aos 18 anos de idade, eles experimentaram a sensação de serem chamados de universitários. “É a primeira conquista nossa, que a gente fez com o nosso mérito”, reconhece Ícaro Domith, ex-aluno do Colégio Equipe e que hoje cursa engenharia sanitária e ambiental na UFJF. “Vale muito a pena o esforço. Vale sempre estar motivado. Porque, quando chegar aqui dentro, com certeza vai ficar feliz. A hora que passa no vestibular é um momento muito feliz”, reitera Caio Nogueira, que também se preparou no Colégio Equipe para cursar ciências contábeis na UFJF.
Na roda de conversa proposta pela Tribuna, os estudantes fizeram questão de destacar as vantagens do Pism, frente ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Enem. O aluno pode concorrer pelo Pism ao mesmo tempo que tenta uma vaga por meio do Sisu, inclusive com opções diferentes de cursos. O processo seriado existe na UFJF desde 2001. Com ele, os estudantes têm oportunidade de fazer uma prova ao final de cada série do ensino médio. A nota final leva em conta o desempenho do aluno nas três etapas, que têm valores e pesos diferentes.
Dicas de estudo
Se o Pism é uma vantagem, é preciso saber aproveitá-la. A participação da seleção em três etapas exige que o candidato mantenha uma regularidade de estudo nos três anos do ensino médio. “É importante o aluno saber qual jeito ele aprende melhor: lendo, grifando o texto, ouvindo… Eu gostava de estudar tanto ouvindo quanto conversando com alguém sobre a matéria”, recomenda a estudante Ana Continentino, ex-Jesuítas e atualmente cursando direito na UFJF. “Acho importante valorizar os simulados. No simulado você faz aquela prova exatamente do jeito que ela é, com o mesmo nível de dificuldade e com as mesmas questões que você pode encontrar na prova do Pism”, completa.
Para área de exatas, os estudantes lembram que fazer exercícios que reforcem o conteúdo aprendido em sala de aula é muito importante. Na era da tecnologia, os aplicativos, simulados on-line e videoaulas no YouTube são ferramentas que os alunos têm facilmente à disposição e que podem ajudar no reforço do conteúdo dado em sala de aula. “Na semana anterior à do Enem, lembro que fiquei vendo videoaula de geografia, que é uma matéria muito grande. Eu tinha pouco tempo para entender uma matéria muito grande”, conta a estudante Júlia Assunção, que se preparou para as provas no Colégio Academia. Confira no site da Tribuna dicas valiosas no vídeo feito com os estudantes.