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Com 19% de abstenção no módulo I, UFJF finaliza edição de 2021 do Pism

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Depois de quatro meses de adiamento, os exames do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) 2021 foram encerrados no domingo (11), data em que as últimas provas do módulo I do processo seletivo foram realizadas. A edição foi marcada por suspensões nas datas das provas, altas taxas de abstenção e adaptações impostas pelo cenário de pandemia. A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) avaliou positivamente mais um final de semana de provas, enquanto professores e alunos juiz-foranos comentaram, à Tribuna, o conteúdo dos exames.

O índice de faltosos do primeiro módulo ficou em 19%, segundo dados divulgados pela UFJF. Dos 14.220 inscritos no módulo I, 2.714 não compareceram aos locais de provas, na soma das cinco cidades que receberam o certame: Juiz de Fora, Governador Valadares, Muriaé, Petrópolis e Volta Redonda. A proporção foi a mesma observada no Pism II, nos últimos dias 16 e 17, quando 2.250 (19%) dentre os 11.794 inscritos não compareceram. O maior índice foi registrado no módulo III, realizado nos dias 27 e 28 de fevereiro, quando 1.716 candidatos se ausentaram entre os 8.014 inscritos, taxa de 21,46%.

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“Tudo transcorreu conforme o planejado. Nós tivemos muito trabalho para poder organizar esses três momentos, mas, com o planejamento que foi feito, acreditamos que nós conseguimos oferecer segurança para quem estava trabalhando e para quem estava fazendo as provas”, avalia o pró-reitor de Graduação da UFJF, Cassiano Amorim.

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O planejamento citado por Amorim sofreu alterações ao longo do primeiro semestre. Inicialmente, as provas do módulo II aconteceriam nas mesmas datas que as do terceiro módulo; enquanto o módulo I seria realizado nos dias 13 e 14 de março. Com um cenário epidemiológico desfavorável, a UFJF adiou, ainda em fevereiro, as provas dos dois módulos, as agendando para março e abril. Entretanto, com novo agravamento da pandemia, os exames foram novamente adiados, desta vez para junho e julho. “Nós tivemos que ter muito mais pessoas trabalhando e muito mais locais de provas para poder cumprir os protocolos de biossegurança e não colocar muitos estudantes em salas de aula”, relata Cassiano Amorim.

De acordo com o pró-reitor, a Universidade já começou o planejamento para a próxima edição do Pism, que ainda não tem data para acontecer. “A gente precisa avançar com a execução da correção das provas e o julgamento de recursos (para definir a data da próxima edição). Na sequência, a gente pretende lançar o novo edital, que já não está muito longe para executar”, complementa Amorim.

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O encaminhamento de recursos ocorre somente nesta segunda-feira (12) e deve ser protocolado junto à Central de Atendimento, na Reitoria, no campus de Juiz de Fora, ou enviado por e-mail para vestibular@ufjf.edu.br, das 9h às 16h. O formulário está disponível no site da Copese. O resultado dos recursos será divulgado no dia 26 de agosto, também na página da Copese. As notas das provas, por sua vez, sairão no dia 22 de setembro, com resultados finais, após novo prazo recursal, previstos para o dia 29 de setembro.

Os avaliadores compreenderam o momento, avalia especialista

A banca examinadora, que elaborou os cadernos de provas, compreendeu o momento de dificuldade dos candidatos e apostou em questões sem elevado nível de dificuldade, na visão do coordenador de cursos pré-vestibulares do Colégio Apogeu, Tiago Bernardes. “A banca foi compreensível com todo o processo vivido em 2020, enxergou todas as problemáticas vividas e trazidas pela pandemia que impactam na formação dos alunos. Foi uma prova muito tranquila, sem questões com nível alto de dificuldade”, afirma o coordenador, que já se movimenta para preparar os alunos para a próxima edição do certame. “Independente de quando será (a próxima edição), a preparação tem que ser feita. Não dá para projetar uma data, porque a gente não sabe ainda”, argumenta.

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A avaliação de Bernardes foi compartilhada pela professora de Química do Colégio dos Jesuítas, Milena Berteli. “(Foi) uma prova clara e objetiva, de interpretação fácil e um nível de dificuldade inferior aos anos anteriores. Questões bem distribuídas ao longo do conteúdo programático, com assuntos interessantes”, analisa.

Já a professora de Literatura, Maria Laura Muller, também do Colégio dos Jesuítas, afirma que a prova da disciplina “favoreceu o ensino preocupado com a formação de alunos leitores”, aspecto positivo do exame, segundo ela. Por outro lado, ela lamentou “o enfoque restrito a poucos pontos do programa”.

“Ano de muito aprendizado e dificuldades”

Para quem participou do certame como candidato, a superação foi não só pelo conteúdo das provas, mas para conter a ansiedade do primeiro vestibular. Foi o que viveu Jessica Glanzmann, aluna do Colégio Apogeu. “O ano de 2020, sem dúvidas, foi de muito aprendizado e dificuldades, principalmente para nós do módulo 1, que nunca fizemos a prova antes”, analisa. “Sinto uma sensação de alívio e orgulho por ter passado por todos esses momentos de aprendizagem com confiança e dedicação”, diz Jéssica.

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Já a estudante Alice Ferreira Terra, aluna do Colégio dos Jesuítas, avaliou o final de semana de provas. De acordo com ela, no CES – Estrela Sul, local em que fez as provas, as medidas de biossegurança foram respeitadas. “Com relação ao conteúdo da prova, considero que foi bem trabalhado dentro daquilo que é exigido dos alunos de primeiro ano, embora acredite que alguns enunciados poderiam ter sido melhor elaborados. Além disso, os textos, imagens e gráficos abordaram temas atuais, como as queimadas no Pantanal, e pertinentes ao contexto que estamos vivendo”, avalia.

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