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Cadeirante relata dificuldades para acessar ônibus em Juiz de Fora

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Veículos quebrados, problemas mecânicos, ônibus cheios e profissionais sem treinamento são alguns dos problemas que os cadeirantes enfrentam em Juiz de Fora, não bastassem as dificuldades naturais desta parcela da população. A leitora Tarcila da Costa Basílio, de 29 anos, vive isso quase todos os dias ao ir para o trabalho ou para a faculdade. A moradora do Ipiranga, na Zona Sul, se locomove sozinha por várias partes da cidade e depende de várias linhas de ônibus. Ela garante que há problemas em praticamente todas as empresas.

Na semana passada, enquanto se preparava para subir em um dos coletivos, depois de esperar mais de uma hora no ponto, a porta do veículo fechou sozinha. Indignada, ela gravou um vídeo. “O motorista calmamente veio me ajudar, e o trocador também, quando simplesmente, do nada, a porta do ônibus fechou sozinha. E numa velocidade rápida. A porta travou com a rampa aberta, o motorista e o trocador tiveram muita dificuldade para abrir a porta. Isso foi só uma das várias vezes que tive dificuldade para entrar no ônibus.”  Depois que os profissionais conseguiram abrir a porta, Tarcila temeu um novo travamento e decidiu não embarcar naquele ônibus.

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Além dos problemas mecânicos, ela relata ser comum o espaço destinado aos cadeirantes estar ocupado por usuários sem deficiência dentro dos ônibus, o que inviabiliza as viagens. Alguns profissionais, segundo Tarcila, não estão treinados para operar a rampa de acesso dos cadeirantes. Todos esses problemas obrigam a usuária a aguardar mais tempo nos pontos.

“Eu paro no trabalho às 17h58. Mas tem dia que só consigo chegar em casa às 20h, por causa dos problemas no transporte. No meu trabalho, estou devendo 50 horas devido aos atrasos. Eu reclamo com as empresas, elas alegam que vão resolver os problemas, mas eles continuam”, diz.

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