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Morre o professor e jurista Paulo Nader

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Foto: Arquivo Tribuna/Olavo Prazeres
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Faleceu nesta quinta-feira (12), aos 83 anos, o ex-juiz de direito, professor, doutrinador e escritor Paulo Nader. Ele foi diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e, desde 2008, ocupava a cadeira n° 36 da Academia Brasileira de Letras Jurídicas. Em 1983, Paulo foi reconhecido com o título de cidadão honorário de Juiz de Fora. As circunstâncias da morte ainda são apuradas pelas autoridades. A Tribuna ainda busca informações sobre o velório.

Nader se formou em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora, onde foi professor emérito e chegou a ser diretor da Faculdade de Direito. Ele é nacionalmente conhecido por suas obras literárias, tendo como principais publicações os livros “Introdução ao Estudo do Direito” e “Filosofia do Direito”

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Em 2018, a Tribuna publicou um perfil de Paulo Nader, lembrando que o “nome do juiz-forano é conhecido em todo o país por ser um dos maiores autores da literatura jurídica nacional”. A reportagem lembrou a história do livro mais famoso do escritor, “Introdução ao Estudo de Direito” (Editora Forense), que já havia chegado em sua 40ª edição em 2018, e a paixão de Nader pelas letras.

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“Ao longo de minha trajetória estudantil, houve uma pessoa que foi fundamental para a minha definição pela literatura. Era uma professora de português, que sempre elogiava minhas redações. Era, à época, a quarta série ginasial e isto gerou um gosto muito grande pelas letras. Comecei a ler muita coisa e uma obra que me marcou se chama ‘Quer ser escritor?’”, contou, citando ter comprado o livro de Renato de Alencar ainda em 1957.

Grande obra

Sobre seu livro mais famoso, Paulo Nader lembrou, na ocasião, a experiência que ajudou a abrir as portas da academia, quando, ainda jovem, assumiu uma disciplina introdutória ao ensino do Direito. “Não era um ‘expert’ na disciplina. Comprei livros. Escrevi para as editoras pedindo que enviassem material sobre a matéria. Tive dificuldades durante todo o primeiro semestre. Tirei 30 dias para preparar aulas. Aí, já pude respirar”, lembrou, modesto, o que seria os primórdios de seu livro mais famoso.

Em um primeiro momento, a dedicação à academia, às aulas e aos alunos resultou em uma apostila. Requisitadíssima. Como um esboço, o material deu ao escritor o estilo e a metodologia de trabalho necessária para dar seu passo mais importante no mundo das letras jurídicas. Era fevereiro de 1979, quando uma livraria de Uberlândia ligou para Nader solicitando cópias mimeografadas da apostila do também professor Nader. “No dia seguinte, comecei altamente disposto a iniciar o meu grande trabalho, que se apoia em boa parte no manual.”

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A primeira versão de “Introdução ao Estudo de Direito” começou a ser escrita ainda em 17 de fevereiro de 1979. Em poucas semanas, já com os primeiros capítulos finalizados, Nader percorreu editoras cariocas em busca de uma casa. Recebeu sinal verde da Forense, mas deveria entregar a boneca do projeto em cerca de seis meses, em 17 de agosto de 1979. “Consegui antes disto, em 21 de julho”. Assim, um ano depois de sua primeira letra ter sido colocada no papel, um dos livros de introdução ao Direito chegava às livrarias em fevereiro de 1980, em sua primeira edição.

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