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Homem é condenado a mais de 19 anos por homicídio e ocultação de cadáver

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Um homem foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão, em regime inicial fechado, pelos crimes Juan Patrick de Paula Rosa, de 23 anos, na madrugada de 9 de setembro de 2019, de homicídio e ocultação de cadáver. O julgamento foi realizado nesta terça-feira (11), no Fórum Benjamim Colucci, e foi presidido pelo juiz Paulo Tristão. O réu foi levado a júri acusado da morte de Juan Patrick de Paula Rosa, de 23 anos, na madrugada de 9 de setembro de 2019, na proximidade de um campo de futebol, na Rua 9 de Julho, no Granjas Bethânia, Zona Nordeste da cidade. A vítima foi morta com um golpe de machado na cabeça.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Juan Patrick participava de um evento promovido pelo condenado, que atraiu a vítima até a um local ermo para fazer uso de droga e matá-la. Ainda segundo a denúncia, depois de executar o crime, o acusado ocultou o cadáver e o instrumento usado na violência. Após meses de desaparecimento de Juan Patrick, com tentativas de seus familiares e de policiais civis a fim de encontrá-lo, diante de informações de onde estaria seu corpo, foram realizadas buscas no local e encontrado apenas um fragmento ósseo e peças de roupas, levando a presunção de que o corpo havia sido removido.

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Para o Ministério Público, o acusado agiu por motivo torpe relacionado a uma dívida de drogas que a vítima tinha com ele, além de ter procedido de forma a dificultar a defesa de Juan Patrick ao surpreendê-lo com um golpe. Em sessão secreta de julgamento, o Conselho de Sentença condenou o denunciado na forma em que foi pronunciado.

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Conforme a sentença, a conduta social do réu foi considerada desabonadora, uma vez que, conforme relato de testemunhas, ele era conhecido no bairro pelo envolvimento com o tráfico de drogas e por atos de violência. Segundo a sentença, sua culpa é reprovável tendo em vista o planejamento prévio, cavando um buraco para colocar o corpo depois do cometimento do homicídio, assim como o motivo considerado torpe por estar relacionado a uma dívida de droga. Quanto às circunstâncias do crime, a sentença pontua que são desfavoráveis, uma vez que o acusado atraiu a vítima ao local sob pretexto de uso de droga, a fim de surpreendê-la com um golpe de machado.

O magistrado negou ao condenado o direito de recorrer em liberdade, uma vez que os fatos e fundamentos de sua prisão preventiva ainda estão presentes, persistindo a necessidade de garantia da ordem pública. Para isso, o juiz considerou a gravidade dos fatos, o modus operandi, a motivação relacionada ao tráfico de drogas e o temor das testemunhas.

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Em matéria publicada em janeiro de 2020, a Tribuna mostrou que Juan Patrick estava desaparecido e que um fragmento de osso, que podia ser do jovem sumido, tinha sido encontrado depois de escavações em uma área de obra abandonada na proximidade de um campo de futebol, no Granjas Bethânia. Naquele mesmo dia, o suspeito, que tinha 31 anos, foi preso mediante mandado de prisão temporária solicitado à Justiça pela Polícia Civil. Ele foi capturado no mesmo bairro onde foram realizadas as escavações.

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