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Abstenção no Pism chega a 7,85% dos candidatos

pism capa alexandre dornelas divulgação UFJF
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Atualizada às 21h15

Foto: Olavo Prazeres

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) avaliou como positivo o Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) 2018, que foi o maior já realizado até agora pela instituição. Com 29.606 inscritos, o vestibular seriado bateu recorde de candidatos. Deste total, porém, houve abstenção de 7,85%. O maior número de ausentes se deu no módulo inicial, no qual faltaram 9,9% dos 14.355 inscritos. Entre os faltosos estão aqueles que chegaram atrasados por algum motivo em um dos dias do exame, realizados nos últimos sábado e domingo, dias 9 e 10, e por isso não puderam fazer os testes. Além de Juiz de Fora, a seleção foi realizada nos municípios de Governador Valadares, Muriaé e Volta Redonda (RJ).

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Os gabaritos das provas objetivas já foram divulgados e podem ser acessados na página da Comissão Permanente de Seleção (Copese), no endereço www.ufjf.br/copese. No entanto, as respostas oficiais das provas discursivas dos três módulos devem estar disponíveis apenas em janeiro. As notas também serão disponibilizadas apenas em 2018. No dia 1º de fevereiro, a UFJF divulga as notas do módulo III. Os resultados dos módulos I e II serão conhecidos em 8 de março.

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No primeiro dia de provas, o trânsito lento causou congestionamentos nas proximidades da UFJF, que concentrou o maior número de concorrentes. A Tribuna apurou que muitos estudantes precisaram terminar o percurso até a universidade a pé para chegar a tempo de entrar no local de prova, já que os portões fechavam às 13h. Outros candidatos receberam ajuda de desconhecidos para acessar os locais de testes na universidade.

Ao todo, são 2.323 vagas distribuídas entre os campi de Juiz de Fora e Governador Valadares, em 72 cursos diferentes, disputadas pelos 5.996 candidatos do módulo III. As vagas correspondem a 50% do total oferecido pela UFJF, divisão adotada pela universidade por conta da necessidade de adequação ao decreto 9.034, que regulamenta a lei 13.409, versando sobre a reserva de vagas para pessoas com deficiência. A outra metade do número de vagas é destinada às inscrições por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

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Prazos e recursos

Já nessa segunda-feira (11), os candidatos que não concordaram com formulações de questões constantes na prova, assim como com a resposta oficial do gabarito, tiveram das 9h às 16h para entregar formulário à Copese com o requerimento de recurso. A UFJF deve divulgar nesta terça-feira (11) um balanço sobre o número de recursos interpostos nesta primeira fase.

Os prazos para solicitação de recursos relacionados às notas obtidas pelos alunos, a serem divulgadas no ano que vem, são diferentes (ver quadro). De acordo com a data estipulada para a interposição de recursos em cada um dos módulos, os interessados devem se manifestar por meio de formulário disponível no site da Copese, que deve ser entregue pessoalmente ou por e-mail, na Central de Atendimento da UFJF, localizada na Reitoria do campus, ou por meio do e-mail vestibular@ufjf.edu.br.

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O julgamento das solicitações deve ser feito em 72 horas. No caso da solicitação de recursos do módulo III, o concorrente deve pagar a taxa de R$ 22 por revisão, em um total máximo de dois conteúdos. Se a Copese confirmar a procedência da reclamação, o candidato terá sua nota alterada e a taxa de revisão devolvida.

As datas para pré-matrícula on-line e matrícula dos aprovados serão divulgadas posteriormente pela UFJF, por meio da Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (Cdara).

Avaliação é de que conteúdo poderia ter sido mais variado

A Tribuna convidou dois professores do Colégio Equipe para analisarem as provas. De acordo com eles, o modelo seguido foi parecido com as edições anteriores, mas o exame poderia ter exigido mais dos alunos, tanto no conteúdo como na profundidade das questões.

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Segundo o professor de Biologia do ensino médio, Anderson Marques de Souza, as questões dos módulos I e II estavam mais fáceis, mas poderiam ter sido mais abrangentes. “As provas do terceiro ano foram um pouco mais difíceis, mais puxadas, mas isso é normal, porque, nesse momento, os alunos já estão mais maduros e bem preparados. Mas as provas do primeiro e do segundo ano cobraram apenas um assunto referente a Biologia, por exemplo, faltou colocar conteúdos mais variados.”

Para a professora de Português, Gisela Marques, além de serem pouco abrangentes, as provas exigiram pouca interpretação. “A cada ano, a universidade tem exigido menos questões gramaticais e mais de análise textual. Mas a exigência dessa análise foi abaixo do esperado. Os alunos estão preparados para produzir respostas mais elaboradas do que o exigido pelas questões.”

Gisela também participou da aplicação das provas e acredita que o segundo dia de provas pode ter sido mais simples. “No segundo dia, os alunos saíram mais cedo. Isso pode querer dizer que as provas estavam mais fáceis ou que eles estavam mais tranquilos, porque já tinham conhecimento de como seria a prova.”

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