Márcio Rodrigo da Silva Reis foi condenado a 29 anos de prisão por envolvimento em um assassinato e em duas tentativas de homicídio, em 1º junho de 2018. O réu foi levado a julgamento, nesta terça-feira (10), no Tribunal do Júri, no Fórum Benjamin Colucci, sendo a sessão presidida pelo juiz Paulo Tristão.
Conforme a denúncia do Ministério Público, Márcio, com 19 anos à época do crime, foi responsável por ordenar a execução da morte de Paulo Sérgio Faustino, de 26 anos, na Rua Marciano Pinto, no Bairro Sagrado Coração de Jesus, na Zona Sul. A vítima foi morta a tiros. O réu agiu em parceria com outros dois comparsas e também foi considerado mandante em tentativas de homicídios, na mesma ocasião, contra dois homens, de 30 e 32, que ficaram feridos, mas sobreviveram.
Conforme o processo, as mortes só não se consumaram devido à má pontaria do executor dos disparos de arma de fogo e ao atendimento médico que receberam. A promotoria alegou que Márcio agiu por motivo torpe, devido à disputa por pontos de tráfico de drogas, além de não dar condições para que as vítimas se defendessem, uma vez que foram surpreendidas pelos disparos em via pública.
De acordo com o processo, o condenado não possuía antecedentes criminais, mas ficou provado que sua conduta social era desabonadora, já que testemunhas e vítimas relataram que ele era temido pelos moradores do bairro, porque andava armado, intimidando as pessoas, além de ser integrante de um grupo conhecido na comunidade como “mata rindo”. O réu teve negado o direito de recorrer da condenação em liberdade, mas cabe recurso da sentença ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
O crime
O crime violento levou pânico a moradores da Rua Marciano Pinto. Conforme o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar a respeito do fato, a família de Paulo Sérgio relatou que indivíduos armados teriam efetuado inúmeros disparos em via pública, alvejando os três homens, que estariam juntos. Paulo Sérgio foi encontrado pela PM caído no chão, com intenso sangramento na cabeça e nas costas, devido a duas perfurações à bala. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu após dar entrada no Hospital de Pronto Socorro (HPS). Os atiradores estariam usando toucas ninja e roupas camufladas. Eles abriram fogo contra o trio, efetuando mais de dez disparos. Márcio foi preso pela Polícia Civil, em dezembro de 2018, mediante a mandado de prisão preventiva solicitado pela Justiça.