Gatil ainda não está oficialmente funcionando, mas já abriga 20 gatos abandonados nas imediações do canil (Fotos OLAVO PRAZERES/23-08-16)
Chefe do Departamento de Controle Animal do Demlurb, Míriam Neder pensa em ampliar o atendimento para visitas
Parte das novas baias construídas foi destinada aos cães filhotes
Após um ano em reforma, o Canil Municipal, localizado no Bairro São Damião, Zona Norte, recebeu novas estruturas para melhor acomodar os animais assistidos pela instituição. Foram construídas 14 novas baias para cães e implantada uma novidade: quatro gatis para acolher, em breve, gatos que estiverem em situação de abandono ou de risco na cidade. Cada unidade terá capacidade para alojar até 25 felinos. As intervenções ainda resultaram no aumento de 60% da área do curral que atende aos equinos e na construção de um parcão, uma sala de banho e tosa e um prédio de três andares para abrigar escritório, refeitório, vestiário e, futuramente, um ambulatório veterinário e um laboratório de análises clínicas.
“Parte das novas baias foram destinadas aos cães filhotes, que antes ficavam junto com os adultos. Isto tem evitado a contaminação de doenças que são fatais para eles, como a parvovirose. É importante destacar que estas melhorias foram feitas para dar mais conforto aos animais que aqui já estão, e não para abrigar novos animais, pois nosso orçamento é apertado”, explicou a chefe do Departamento de Controle Animal do Demlurb, Míriam Neder. Segundo ela, o Canil abriga hoje cerca de 550 cães.
O Gatil ainda não está oficialmente funcionando, porém, já abriga moradores. Cerca de 20 gatos já ocupam um dos gatis. conforme Míriam, eles foram deixados pela comunidade nas imediações da instituição. Ela adianta que o processo de adoção de gatos acontecerá apenas por meio de visitas agendadas e não durante as feiras, como ocorre com os cães, dada ao comportamento dos gatos e ao estresse que o deslocamento pode causar a eles.
“Nossa ideia é ampliar o atendimento para as visitas, abrindo o Canil aos sábados, pelo menos uma vez ao mês, para que possamos receber mais candidatos a adoção responsável.” Atualmente a visitação acontece de segunda a sexta-feira, das 9h às 10h30 e das 13h às 15h30, e deve ser marcada pelo telefone 3690-3591. Míriam reforça que o atendimento para recolhimento de animais que estejam dentro dos critérios adotados pela instituição não funciona em regime de plantão.
Serviços e recolhimento
Mesmo com a nova roupagem, os serviços ofertados no Canil continuam os mesmos. O recolhimento de cavalos em via pública acontece mediante pedidos ou encaminhamentos de outros órgãos, como as secretarias de Atividades Urbanas (SAU) e de Transporte e Trânsito (Settra). No caso de cães e gatos, o recolhimento ocorre mediante solicitações por telefone, entretanto, precisam atender aos critérios estabelecidos na unidade. Assim, enquadram-se casos de animais atropelados e doentes, fêmeas que estejam no cio, grávidas ou com filhotes. Esta regra vale também para cavalos.
“Evitamos recolher animais que estejam saudáveis, para isso, estimulamos a população a cuidar de cães considerados como “comunitários”, ou seja, aqueles que ficam nas ruas, mas há pessoas que os alimentam e dão atenção. Também reforçamos as adoções responsáveis”, comenta Míriam.
Os animais que chegam, ou que já estão no Canil, são examinados por veterinários pertencentes às clínicas conveniadas. Todos são submetidos à castração no Castramóvel, serviço que ainda visita os bairros de forma itinerante. Futuramente, com o funcionamento do ambulatório e do laboratório, Míriam pretende melhorar o serviço interno e ainda incluir os exames de FIV (vírus da imunodeficiência felina) e de FeLV (vírus da leucemia felina) para detectar doenças que atingem exclusivamente os felinos.