Foi transferida para a sede do Ibama na manhã desta sexta-feira (11) a jaguatirica que permanecia internada, há cerca de um mês, em uma clínica veterinária do Bairro São Mateus. Ela ficará sob os cuidados do Instituto Estadual de Florestas (IEF).
A estimativa é de que ela fique no local por volta de 20 dias, dentro de um viveiro de aproximadamente 4,5 metros quadrados, recuperando os movimentos da perna e o instinto animal. “A liberação dela vai depender da reação nos próximos dias. Como ficou muito tempo parada, com a pata imobilizada, teve atrofiação do membro. Além disso, por ter convivido com humanos, está muito mansa. Se for solta deste jeito, provavelmente vai buscar ajuda das pessoas, o que não é uma situação esperada para um animal selvagem”, explica a biológica analista ambiental do IEF Sarah Stutz Reis.
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Para recuperar o instinto, o felino do sexo masculino, agora com cerca de 6 meses, passará a se alimentar de animais vivos, como codornas, garnisés e outros animais domésticos. Além disso, conviverá indiretamente com outros animais silvestres, sentindo cheiro e ouvindo sons dos mesmos. “Como a movimentação ficou afetada, vamos estimulá-la a desenvolver movimentos antes habituais, como escalada em troncos, de forma que a musculatura também seja recuperada. A jaula será coberta para que ela tenha menos contato com os humanos”, informa Sarah. A bióloga ressaltou que a visitação de curiosos no local é proibida.
A jaguatirica foi capturada pela Polícia do Meio Ambiente após ter sido atropelada e atacada no início de agosto, com laceração na região da mandíbula e fratura no tornozelo. Ela passou por procedimento cirúrgico no qual foram recompostas as fraturas com a implantação de três parafusos, um pino e um fio de sustentação de articulação. O bicho será solto na região de São Tiago, próximo a São João del-Rei, local onde foi encontrado.