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Técnica inovadora de transplante de córnea é oferecida em JF

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O oftalmologista Rafael mérula e o instrumentador José Alexandre de Oliveira atuam nos transplantes endoteliais, no Hospital Monte Sinai (Kempton Vianna/Arquivo Monte Sinai)
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Juiz de Fora está entre as poucas cidades mineiras onde o transplante endotelial é desenvolvido. A técnica, considerada inovadora por ser menos invasiva, é utilizada em transplantes de córnea quando as patologias atingem apenas o endotélio, camada que reveste os vasos sanguíneos e linfáticos dos olhos. Apesar de pouco difundido, o transplante endotelial é oferecido no Hospital Monte Sinai e na Santa Casa de Misericórdia.

O oftalmologista Rafael Mérula é referência na técnica em Juiz de Fora. De acordo com ele, ainda há pouco ensino sobre esse tipo de transplante, mas ele possibilita tratamento mais adequado. “Para determinadas patologias, como a Distrofia de Fuchs e Ceratoplastia Bolhosa, não é necessário fazer o transplante total. Por meio do transplante endotelial, conseguimos tratar exatamente o local onde há o problema. A intervenção é menos agressiva e a recuperação do paciente é mais rápida.” Na técnica convencional de transplante de córnea, são dados 16 pontos, enquanto que, com o transplante endotelial, não há necessidade de pontos. Outro benefício é a possibilidade de manter o sistema ocular fechado durante o procedimento.

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Além dos benefícios para os pacientes, a técnica acaba sendo uma alternativa para o baixo número de doações. “No caso da córnea, o doador não precisa ter tido morte encefálica, e qualquer óbito é um potencial doador. Além disso, a mesma córnea poderia ser usada em dois pacientes, já que o endotélio seria retirado, mas a córnea continuaria saudável para outra pessoa. Poderíamos ter muito mais doações, mas dependemos da conscientização das pessoas, e ainda existe muita recusa de doação, principalmente, por questões culturais”, lamenta Mérula.

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