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Ministério Público denuncia 4 pessoas por morte de Matheus Goldoni

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O Ministério Público ofereceu denúncia ontem contra quatro pessoas envolvidas na morte do jovem Matheus Goldoni, que, em 16 de novembro de 2014 foi perseguido por dois seguranças, um ex-segurança e o gerente operacional da boate Privilège, tendo sido encontrado morto dois dias após o episódio. O promotor Juvenal Martins Folly denunciou os seguranças por homicídio triplamente qualificado e considerou co-autor funcional do crime um terceiro homem que trabalhou na casa noturna na mesma função. Já o gerente operacional da boate também poderá responder na Justiça pelo homicídio. Um quinto elemento – flanelinha que tomava conta de carros na área – foi denunciado por falso testemunho. Agora caberá ao juiz do Tribunal do Júri acolher ou não a denúncia que será protocolada hoje. A pena prevista para crimes desta natureza varia entre 12 a 30 anos de prisão.

[Relaciondas_post]Segundo relatório do promotor, Matheus, que tinha 18 anos, foi colocado para fora da boate após se envolver em uma briga por causa de uma menina que estava acompanhada de seu namorado. Na saída do Privilège, porém, teria havido uma discussão entre o jovem e o gerente, que era o responsável pela averiguação do cartão de consumo dos clientes. O gerente e dois seguranças do estabelecimento foram, então, atrás da vítima, que tentou desferir um soco em um dos seguranças. Após esse episódio, o rapaz fugiu correndo pela Estrada Engenheiro Gentil Forn, no sentido Centro, sendo perseguido a pé pelos dois seguranças e pelo gerente. Um ex-segurança que lanchava próximo ao local usou a moto para dar carona a um dos seguranças. Juntos, eles alcançaram Matheus, que foi imobilizado até a chegada dos demais. De acordo com o documento do Ministério Público, “sob o comando” do gerente, os seguranças do Privilège receberam a vítima “das mãos” do ex-segurança da casa noturna e o levaram para a trilha que dá acesso à cachoeira do Vale do Ipê. No matagal, o rapaz foi morto. Segundo a necropsia, a causa da morte foi asfixia por afogamento. O flanelinha que tomava conta dos carros de clientes da boate foi denunciado pelo crime de falso testemunho, já que mentiu à polícia ao dizer que não estava trabalhando no dia em que Matheus foi morto, embora estivesse na área e fosse importante testemunha do caso.

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Além de pedir o acolhimento da denúncia pela Justiça e a condenação dos envolvidos, o promotor solicita que seja fixada quantia indenizatória a ser paga pelos denunciados à família da vítima.

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Nota

Em nota, o Privilège informou que tomou conhecimento da denúncia do Ministério Público por um telefonema do jornal e, “portanto, ainda não teve acesso ao teor do documento. Em função disso, não poderá se pronunciar até que tenha condição de analisá-lo”. A casa noturna informou também que o gerente operacional denunciado continua fazendo parte do quadro de funcionários. Um dos seguranças envolvidos no caso é colaborador de empresa terceirizada que presta serviços à casa.

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