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PM é acionada após confusão no Colégio dos Jesuítas

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Atualizada às 17h57

Uma confusão envolvendo estudantes do Colégio dos Jesuítas, na Avenida Itamar Franco, Centro, mobilizou a Polícia Militar na manhã desta quarta-feira (10). Por volta das 7h, mais de 50 alunos do 3º ano do ensino médio chegaram à escola com máscaras e portando itens como corantes à base de água, confetes, sprays de espuma e até bombas, segundo informou o próprio colégio. Conforme os estudantes, a intenção era fazer uma brincadeira tradicional de despedida do ano letivo e da instituição, pintando uns aos outros e o próprio estabelecimento. No entanto, os jovens foram impedidos de entrar e, após aguardarem cerca de uma hora e meia na portaria, utilizaram o estacionamento para acessar as dependências do colégio usando uniforme e máscaras. Pátio, corredores, salas de aula e até a capela ficaram sujos com a coloração e confetes.

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Às vésperas das provas do Pism, o fato de a PM ter sido chamada para conter a ação revoltou pais e alunos, que também disseram ter ido até a escola para um plantão de dúvidas relacionadas ao processo seletivo. De acordo com assessoria de comunicação do Colégio dos Jesuítas, “um grupo formado por dezenas de pessoas mascaradas invadiu a instituição atentando contra o patrimônio” e, diante da impossibilidade de conter a atitude dos jovens, que não teriam sido identificados em um primeiro momento como estudantes, embora usassem uniformes, a PM foi acionada.

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Ainda conforme a escola, o objetivo da presença policial era preservar a integridade de alunos e educadores e frear a ação do grupo, que não teria parado de fazer barulho e pintar os locais mesmo sendo advertido por docentes. No final da manhã, a instituição admitiu que os envolvidos eram estudantes do 3º ano, mas afirmou desconhecer a citada brincadeira de despedida, que não teria tido qualquer autorização, e afirmou ter ficado perplexa com a ação “assustadora” e a sujeira, que foi limpa antes do turno da tarde por funcionários. Ainda conforme o colégio, o ano letivo já havia terminado para a turma, ocorrendo esta semana apenas plantões individuais.

No final da tarde, o Jesuítas enviou nota à imprensa, acrescentando que “a movimentação foi gravada por câmeras de segurança e a instituição abriu procedimento administrativo para apurar danos e responsabilizar cível e criminalmente os envolvidos ou seus responsáveis legais.”

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Revolta

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Enquanto a confusão ocorria no interior da instituição, pais foram chegando ao portão em busca de informações e ficaram revoltados ao saberem que seus filhos supostamente seriam levados para a delegacia, mas todos acabaram liberados após serem identificados. “Os policiais nos colocaram sentados e mandaram dar nome e endereço, estavam com cassetetes, mas não somos criminosos”, disse uma estudante, 17 anos, que preferiu não se identificar. “Era uma brincadeira saudável, sem nada tóxico, para tirar a tensão. A gente ia limpar tudo depois”, afirmou outra adolescente da mesma idade. Mãe de um aluno, Isabel Cristina Vasconcellos, 55, desabafou: “Deixei meu filho na escola às 6h50, e ele me mandou mensagem dizendo que alunos do 3º ano não puderam entrar. Quando contou que chamaram a polícia e iriam lavá-los para a delegacia em um ônibus, corri para o colégio. Nossos filhos estudaram aqui a vida inteira e agora são tratados como bandidos. Estou revoltada.”

 

Transtornos

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De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela PM, a equipe foi acionada com a informação de que “havia alunos promovendo quebradeiras, pichações com sprays e gritos”. Ao chegarem no local, os militares encontraram o pátio e algumas salas do colégio sujas e estudantes com camisas molhadas da substância feita com corante à base de água. Ainda conforme o documento, foi detectado que os líquidos utilizados eram feitos com corantes comestíveis, de fácil remoção, e que “tudo não passava de brincadeiras promovidas pelos alunos do último ano do ensino médio, mas que causou transtornos à direção do colégio e aos outros alunos”.

Segundo o comandante da 30ª Companhia da PM, capitão Herivelton Soares, “os militares que chegaram primeiro portavam o bastão tonfa, que é um instrumento de trabalho, devido às informações iniciais de que em torno de 70 alunos estariam depredando e pichando o colégio”. Ele ressaltou que o bastão não foi utilizado em qualquer momento. “Quando verificaram o ocorrido e que se tratavam de adolescentes, estudantes do colégio, tudo foi resolvido com diálogo.”

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