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Acusado de mandar matar casal no Previdenciários irá a júri popular

duplo homicídio reprodução whatsapp

Saveiro estava com a porta do carona aberta e com o som ligado. Os militares encontraram as vítimas ensanguentadas e caídas nos bancos. (Foto: reprodução/WhatsApp)

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O acusado de ser o mandante do assassinato do casal Caio Sérgio Gomes Marques, de 24 anos, e Luisa Lima Machado, 22, em julho deste ano, no Bairro Previdenciários, Zona Sul, vai a júri popular por duplo homicídio. Em audiência realizada no Fórum Benjamin Colucci, o jovem de 19 anos foi pronunciado e irá responder por homicídio triplamente qualificado, uma vez que, para matar Caio agiu por motivo torpe, promessa de recompensa e usou de meio que impossibilitou a defesa da vítima. Com relação à Luisa, o acusado também irá responder por homicídio qualificado, já que a jovem, assim como o namorado, não teve como se defender. Ambos foram encontrados mortos com tiros na cabeça dentro de uma picape, na Rua Horácio Alberto de Assis. Preso, o réu teve negado o direito de recorrer em liberdade.

O segundo acusado, 25 anos, que confessou ser o executor do crime, deverá passar por exame de dependência toxicológica a pedido da defesa, que alegou que o réu, na época do crime, era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. Assim, seu processo foi desmembrado e permanecerá parado até o resultado do exame.

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Apesar de o acusado de ser o mandante do duplo assassinato ter negado os fatos e o executor ter assumido toda a responsabilidade pelo crime, segundo o processo, há indícios de que o primeiro contratou o segundo mediante promessa de pagamento para matar Caio, a fim de saudar uma dívida de tráfico de drogas e diminuir a concorrência na venda de entorpecentes.

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Uma testemunha relatou, durante a audiência, que era amigo de Caio há cerca de quatro anos e sabia que ele vendia haxixe na cidade e que seus clientes eram bem seletos, uma vez que a droga tem um custo alto. Conhecida como haxixe marroquino, a grama do produto valeria de R$ 50 a R$ 70 no mercado do tráfico. A vítima e o acusado de mandar matá-la seriam as pessoas responsáveis pela venda de haxixe em Juiz de Fora e, por isso, “um devia ao outro”.

Conforme o processo, as vítimas não tiveram possibilidades de defesa, pois foram atraídas ao local do crime numa emboscada armada pelo mandante, que queria comprar cerca de 200g de haxixe. No local, o casal foi surpreendido pelos disparos, sendo que Luisa acabou sendo morta por ser namorada de Caio e estar em companhia dele naquele momento. Uma das testemunhas ouvidas durante a audiência disse ter visto, um dia antes do assassinato, na Praça do Bairro São Mateus, o mandante usando um boné de cor vermelha igual ao que fora encontrado no carro em que as vítimas foram assassinadas.

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Caio e Luisa foram localizados mortos com tiros na cabeça, no dia 02 de julho deste ano, dentro de uma picape Saveiro, que estava em um lote coberto por mato na Rua Horácio Alberto de Assis. Conforme a Polícia Militar, o veículo estava com a porta do carona aberta e com o som ligado. Os militares encontraram as vítimas ensanguentadas e caídas nos bancos. O vidro da porta do motorista tinha uma perfuração, possivelmente causada por arma de fogo. O Samu foi acionado, mas os jovens já estavam mortos quando a ambulância chegou. A perícia esteve no local e constatou que possivelmente o atirador estava dentro do carro. Durante a remoção dos corpos pela funerária, foram encontradas duas cápsulas de projéteis deflagrados de pistola ponto 45, sendo que uma delas estava no banco e outro no assoalho do carona. Um boné vermelho que estava atrás do banco foi apreendido.

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