A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) iniciou a instalação da primeira usina fotovoltaica do município no entorno do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. De acordo com a Prefeitura, essa medida gera economias para o poder Executivo municipal, redução dos custos com energia elétrica nos espaços e prédios públicos, além de inaugurar o projeto que tem o objetivo de cumprirem uma das metas da Agenda 2030 – a de incentivo ao uso de energia limpa. De acordo com o secretário de Obras da PJF, Lincoln Santos, por conta dessa instalação, árvores foram removidas do entorno do estádio. A previsão é de que até fevereiro de 2024 todas as placas estejam instaladas e em pleno funcionamento.
O projeto visa à instalação de 1.758 placas fotovoltaicas e quatro inversores, com capacidade para gerar, aproximadamente, 118 mil quilowatt/mês. A Prefeitura explica, a título de comparação, que este potencial seria o suficiente para abastecer cerca de 777 casas populares pelo período de um mês. Além disso, também serão gerados 1420 megawatts/hora ao ano, fazendo com que esse tipo de energia, ao contrário das que têm como fontes combustíveis fósseis, evite a emissão de mais de 460 toneladas de CO² e neutralize assim os gases do efeito estufa. Esse valor equivale à plantação de 3.222 árvores. “Esse valor representa aproximadamente 4% dos consumos próprios de energia da Prefeitura de Juiz de Fora. Toda a energia gerada é injetada na concessionária, no caso a Cemig, e isso retorna de forma a compensar na conta dos cofres municipais. Serve como energia para toda a cidade”, explica.
As placas estão sendo instaladas na parte externa das arquibancadas, e os cortes das árvores são compensados pelo programa “Cultivar o Futuro”, destaca a Prefeitura. De acordo com o secretário, o que guiou a escolha do local foram dois principais fatores. “A utilização do espaço do estádio ocorre porque é uma área própria da PJF e que está disponível com uma potencialidade de insolação muito boa, para que a gente fizesse esse tipo de geração”. Para ele, ainda, os principais desafios ligados à ampliação desse tipo de energia é que o seu uso exige uma área muito grande para instalação das usinas. “Estamos fazendo esse primeiro empreendimento no estádio como um piloto. Queremos estudar isso e ver se continuaremos nessa linha”, afirma.
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Projetos de energia limpa
O uso de energias limpas, de acordo com Santos, é um dos objetivos da PJF para reduzir gastos e principalmente a emissão de gases nocivos ao meio ambiente. Por isso, como o titular da pasta esclarece, o próximo passo do projeto será em convênio com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), no Distrito Industrial, que ainda vai terá licitação pública. O projeto, como explica brevemente, se debruça nos locais onde ficam os galpões do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC) e contará com uma reforma nos telhados do espaço para a implantação de outras placas.