Atualizada às 18h43
A concentração da Marcha para Jesus atraiu milhares de pessoas à Praça Antônio Carlos, no Centro da cidade, na tarde de sábado (10). Segundo o presidente do Conselho dos Pastores (Conpás), Charles Oliveira Marçal, cerca de seis mil evangélicos assistiram às apresentações gospel que antecederam a saída dos três trios elétricos. Uma multidão percorreu as avenidas Getúlio Vargas, Itamar Franco e Rio Branco, tendo como batedores o moto clube Águias de Cristo. A Polícia Militar realizou intervenções no trânsito com o apoio dos agentes da Settra.
Em sua 24ª edição, o evento religioso teve como tema “Família é a base da sociedade” e reuniu cristãos de Juiz de Fora e região. “Estão aqui caravanas de, pelo menos, oito cidades”, garantiu o pastor Charles. Ele salientou que o horário especial do comércio para o Dia dos Namorados, com as lojas funcionando até as 18h, pode ter prejudicado a participação do público. “Mas todo ano é assim, as pessoas se juntam à Marcha durante o percurso. Elas surgem de todos os lados.”
O pastor Silas Malafia, uma das presenças mais aguardadas para o evento, não compareceu até o início do percurso. Mesmo assim, um grupo de aproximadamente 15 manifestantes realizou uma intervenção de combate a LGBTfobia. No cruzamento da Avenida Itamar Franco com a Rua Espírito Santo, eles ergueram cartazes com frases: “Família é a base, por isso eu creio em todas”; “Ódio não desbota minhas cores”; “Aceitar é sua escolha, respeitar é seu dever”. Para os organizadores da intervenção, mesmo sem estar presente, Malafaia simboliza o discurso de ódio e preconceito.
Já o presidente do Conpás, pastor Charles Oliveira Marçal, afirmou que a Marcha para Jesus não tem intenção de “afrontar nenhuma minoria”. “Não estamos aqui para criticar ninguém. A Marcha é um evento ordeiro e só tem uma finalidade: anunciar a paz, o respeito e a tolerância.”