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Viaduto da Benjamin Constant deve ficar pronto em junho

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Içamento de vigas faz parte da reta final da construção do novo viaduto (Foto: Leonardo Costa)
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Às 10h desta sexta-feira (10), começou o içamento do primeiro conjunto de duas vigas para fazer a conexão das duas alças do novo viaduto da Rua Benjamin Constant, no Centro. Às 14h, terá início o processo para o outro par de vigas. São quatro vigas metálicas, de 28 metros de comprimento por 1,30 metro de largura, cada uma pesando 18 toneladas. Após colocadas no vão, elas serão soldadas já no viaduto. O processo marca a reta final da construção do elevado, que deve ter o trânsito liberado em junho, de acordo com previsão da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF).

Após o início do içamento na manhã, foi necessário uma hora para realizar ajustes nos cabos que seguravam a estrutura. A colocação só foi realizada, de fato, às 11h. Do momento em que começaram a erguer, até o encaixe, foram dez minutos, na elevação de oito metros acima do solo. O guindaste que realizou o trabalho tem capacidade para erguer 220 toneladas, e ficaram de prontidão outros dois, com capacidade de 70 toneladas cada um.

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O secretário de Obras, Lincoln Santos Lima, informou a previsão de que no final do mês de junho o viaduto já esteja transitável. Concluindo a parte atual, precisam ser instaladas as pré-lajes, estruturas de concreto que ficarão apoiadas sobre as vigas, para que possa ser lançada a “armadura”, que é o aço. Após isso, será feita a concretagem, cujo tempo de cura é, geralmente, de 28 dias. A partir daí, a pavimentação é liberada e, paralelamente, serão feitas as obras de urbanismo e complementação do próprio viaduto, que custou quase R$ 18,3 milhões, no total.

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O secretário afirma que a parte mais desafiadora desta obra, “assim como em qualquer outra”, foi a parte da fundação, pois foram encontradas “surpresas” no subsolo. As interferências de maior destaque foram da parte de telefonia e infraestrutura de fibra óptica, dificultando o desenvolvimento dos trabalhos.

A prefeita Margarida Salomão (PT) chegou ao local logo após a primeira viga ser encaixada. Ela disse estar “comemorando um gol”. “Você tem aqui um dos lugares de estrangulamento clássico. São 30 trens que passam por aqui durante o dia. Então é lógico que superando esse conflito que eles chamam de rodoferroviário, essa intersecção entre a linha do trem e a rua, não tem dúvida nenhuma de que vai ter um ganho tremendo em termos de mobilidade urbana”.

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O serviço deve durar até o fim da tarde desta sexta, sendo necessária a interdição da linha do trem. A Tribuna questionou à MRS – que doou o projeto executivo da obra -, na última quinta-feira (9), quais seriam os impactos nos serviços da empresa, mas ainda não obteve retorno.

Em abril de 2023, a empresa Marco XX Construções, sediada em Belo Horizonte, venceu licitação para a construção do viaduto, após três tentativas desertas. Foi contratado um elevado com extensão de 360 metros e uma alça de acesso à Avenida Francisco Bernardino. O valor inicial foi de R$ 17.688.442,84, com um aditivo de R$ 608.527,07 realizado em março deste ano.

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O objetivo do equipamento urbano é eliminar da rota dos motoristas a passagem de nível na Rua Benjamin Constant, com o intuito de melhorar o fluxo viário na região. Os recursos para custeio das obras são de convênio firmado com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em 2011, para as obras de transposição rodoferroviária.

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