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Megaoperação combate tráfico comandado por grupos do Rio de Janeiro

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Foto: Polícia Civil de Minas Gerais
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Uma megaoperação desencadeada, ainda na madrugada de sábado (10), na Zona da Mata, para combater duas organizações criminosas rivais ligadas ao tráfico de drogas cumpriu 30 mandados de prisão, além de 65 de busca e apreensão. A força-tarefa, batizada de Start Over, mobilizou mais de 500 integrantes das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, sob a coordenação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). As forças de segurança foram às ruas com 48 mandados de prisão e outros 108 de busca de apreensão sob posse.

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de São João Nepomuceno. Conforme o MPMG, a guerra pelo domínio das localidades e controle do tráfico de drogas resultou em 22 homicídios e 29 tentativas de assassinato, apenas em São João Nepomuceno, entre janeiro de 2019 a fevereiro de 2021. O Judiciário decidiu agir com base “nos números alarmantes e na identificação de ameaças concretas e iminentes contra a vida de pessoas inocentes”.

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Criminosos do Rio no comando

O grupo-alvo da megaoperação seria comandado por criminosos do Rio de Janeiro, mais especificamente das comunidades de Nova Holanda (Complexo da Maré), Zona Norte, e do Morro da Providência, na região central da capital fluminense. De acordo com o MPMG, as duas quadrilhas concentram grande parte dos seus integrantes na região de São João Nepomuceno, com ramificações em Juiz de Fora, Rochedo de Minas, Mar de Espanha, Descoberto, Rio Novo, entre diversas outras cidades da região.

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Segundo o MP, atualmente, os chefes destas quadrilhas estão na capital fluminense e diretamente vinculados às facções criminosas cariocas que possuem atuação em todo o território nacional. “O líder de uma destas organizações criminosas mantém-se escondido e protegido na comunidade da Providência, no centro do Rio de Janeiro, de onde determina e controla o transporte de armas e drogas para as cidades mineiras, e de onde emitiu diversas ordens para a prática de homicídios.”

O órgão avalia que “a situação se torna mais crítica quando o risco à segurança pública coletiva e à paz social é afetado por atividades de organizações criminosas que buscam a institucionalização de um estado paralelo, no qual impera a barbárie, por meio da prática de crimes violentos”.

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A megaoperação contou, ainda, com a participação dos comandos de aviação do Estado e de policiamento especializado da PM, e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), ligada ao Departamento Estadual de Operações Especiais (Deosp) da Polícia Civil, além de promotores de Justiça, agentes do Gaeco e servidores do MPMG.

Operação Hands on

Como no decorrer das investigações que resultaram na Start Over foram identificados vínculos das organizações criminosas com o Rio de Janeiro, também foi deflagrada neste sábado a operação Hands on. Segundo o MP, o Gaeco Zona da Mata solicitou apoio ao Gaeco do Rio e à Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), que, juntos com a PM fluminense, cumpriram mandados de prisão também no Rio.

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Ainda participaram equipes do Batalhão de Choque, Canil e Bope. “Ambas as operações são frutos de uma ação coordenada e interinstitucional para combater e reprimir o crime organizado na Zona da Mata mineira”, conclui o MP.

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