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Prefeito nega subnotificação de casos de dengue em Juiz de Fora

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Atualizada às 20h28

Foto: Carlos Mendonça/PJF

O prefeito Bruno Siqueira (PMDB) negou que haja subnotificação de casos de dengue na cidade. Durante entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (10), o chefe do Executivo contou que, em visita aos hospitais privados da cidade, o superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Rodrigo Said, pôde constatar que o protocolo para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, preconizado pelo Ministério da Saúde, está sendo cumprido. O que, a princípio, descartaria a possibilidade de subnotificações. O Estado também aprovou que a Fundação Ezequiel Dias (Funed) estude amostras de pacientes com dengue de Juiz de Fora para descobrir qual o vírus está circulando no município. “Existem quatro tipos de vírus da dengue. Parece que o tipo de dengue que está na cidade é o que acomete mais a terceira idade e os adultos. Mas deixando claro que os jovens e as crianças não estão imunes.”

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O prefeito destacou a epidemia em outros municípios mineiros para afirmar que a situação é preocupante não só em Juiz de Fora. Conforme ele, a cidade apresenta relação de um caso de dengue para cada 175 moradores, baseado nos dados divulgados pelo Boletim Epidemiológico da SES, que são defasados. O município de Cláudio, por exemplo, teria um caso para cada 15 moradores. A relação é um pouco maior em outras cidades, como Visconde do Rio Branco (1/18) e Alfenas (1/35).

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Conforme o levantamento da SES, foram registrados 14 óbitos em Minas Gerais, sendo cinco em Juiz de Fora e um em Bicas. Porém, outros 60 seguem em investigação no estado, conforme Bruno Siqueira. Na cidade, já foram confirmados oito óbitos, sendo um oriundo de Bicas e outro de Cataguases. Outros seis estão em investigação. O prefeito ressaltou que as mortes precisam ser investigadas, mesmo que na declaração de óbito conste a causa como dengue. “Por exemplo, um paciente terminal pegou dengue. Ele faleceu de dengue ou por que estava em um estado terminal?”

A Prefeitura já recebeu 920 denúncias de lotes e casas abandonados que podem ser criadouros do mosquito Aedes aegypti. Conforme o subsecretário de Defesa Civil, Márcio Deotti, devido ao quadro reduzido de pessoal, foi adotado um critério de priorização, mas todos os chamados serão atendidos. Até agora, 23 locais de grande porte foram visitados por uma força-tarefa que reúne profissionais de várias secretarias. Nos outros locais, menores, as denúncias estão sendo verificadas aos poucos.

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O caso de uma supervisora do Colégio dos Jesuítas, que está internada no Hospital Albert Sabin com dengue grave, tem causado comoção na cidade e vários áudios estão circulando pelo WhatsApp com informações desencontradas sobre o estado de saúde da supervisora, com alguns afirmando a morte da profissional. Conforme o hospital, ela está no CTI, sedada, em estado grave e com evolução melhorada. Conforme o Executivo municipal, uma investigação comprovou que a profissional não foi picada pelo mosquito nas dependências do colégio.

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