O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) apreendeu, na última terça-feira (8), na Zona da Mata, 1.016 armadilhas para captura de animais silvestres que estavam sendo comercializadas pela internet. A ação faz parte de uma operação nacional, denominada “Boca de lobo”, que visa a coibir o uso e a comercialização destes apetrechos. Os dispositivos foram apresentados à imprensa pelo instituto na manhã desta quinta (10).
De acordo com o chefe do escritório regional do Ibama, Luiz Benatti, o material apreendido, que inclui, entre outras armadilhas, redes para pássaro e pequenos mamíferos, era comercializado pela internet. A empresa responsável pela venda recebeu uma multa de R$ 204 mil e responderá criminalmente pela infração. O caso foi encaminhado à promotoria de Justiça, e o reswponsável pela firma pode ser condenado a dois a cinco anos de cadeia. O Ibama, no entanto, não divulgou a cidade onde a apreensão aconteceu. “A operação foi em menção ao Dia Internacional da Vida Silvestre, comemorado no dia 3 de março. É uma ação fundamental, porque o tráfico de animais silvestres ocupa o terceiro lugar em movimentação de dinheiro em todo o mundo”, destaca Benatti.
Além de Minas Gerais, a “Boca de lobo” foi realizada em São Paulo, Santa Catarina, Paraná e ainda terá desdobramentos em outros estados, que têm investigação em curso. Até o momento, foram recolhidas 1.342 armadinhas. O material apreendido que não puder ser utilizado pelo Ibama no resgate de animais será incinerado.
Denúncias de cativeiro, tráfico de animais silvestres ou comercialização de apetrechos para estes fins podem ser feitas pela Linha Verde do Ibama, no número 0800 618080.