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Cresce degradação em área destinada a praça

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Em dezembro, a Tribuna esteve na Praça Padre Léo, quando trincas já começavam a ser observadas
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Em dezembro, a Tribuna esteve na Praça Padre Léo, quando trincas já começavam a ser observadas

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Nove meses após o início da construção da Praça Padre Léo, entre as ruas Eugênio Fontainha e Professor Francisco Faria, no Bairro Manoel Honório, região Leste, ainda não há data prevista para inauguração da área. A Tribuna mostrou a situação das obras em dezembro do ano passado, apontando que, mesmo sem estar pronta, a praça estava acessível aos moradores, mas com diversas falhas estruturais, como pichações, rachaduras, sujeiras e restos de obras espalhados pelo chão. Na última quinta-feira, a reportagem voltou ao local e encontrou um cenário mais degradado: a quadra de areia se transformou em um grande buraco, onde um sofá velho podia ser visto. As grades de proteção, os bancos de concreto e a área gramada, com mudas de árvores plantadas, não existem mais. Além destes problemas, o cheiro forte de fezes e urina, misturado a roupas espalhadas pelo chão, é flagrante em toda a área, de aproximadamente dois mil metros quadrados e com obra orçada em R$ 122 mil. O único equipamento que não foi demolido, apesar de estar inacabado, é a pista de skate.

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Embora grande parte da praça esteja coberta por tapumes, é possível ter acesso ao espaço pela lateral, na Rua Professor Francisco Faria. A dona de casa Marisa Aparecida Calixto, 48 anos, mora em um prédio em frente à praça. Segundo ela, a presença de moradores de rua é constante no local. "Eles fazem fogueiras e consomem bebida alcoólica durante todo o dia." Ela afirma não ter visto trabalhadores na construção nos últimos meses. "De vez em quando aparece alguém, avalia a situação e vai embora, sem realizar qualquer intervenção." A informação é reforçada pelo pintor de automóveis José Pedro de Oliveira, 58, que trabalha em frente à praça. "É uma pena esta situação porque gastaram muito dinheiro na obra, que era uma reivindicação antiga dos moradores. A praça estava ficando muito bonita e, de repente, começou a desabar tudo."

De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Obras, o problema teve início após o rompimento de uma galeria, construída há cerca de dez anos com tubos ármicos para canalizar parte do Córrego Matirumbide, que passa sob o terreno. A recuperação está orçada em R$ 500 mil, "valor considerado bastante alto e sem recursos disponíveis". Conforme a Secretaria de Obras, "não há relação entre a obra da praça e o rompimento da galeria".

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Ainda segundo a assessoria, os técnicos avaliam alternativas para solucionar o problema, já que está em andamento, naquela bacia, o projeto do sistema de tratamento de esgoto. Não existe data definida para a intervenção. A secretaria também garantiu que vai reforçar a segurança na área, que permanecerá fechada.

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