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Instabilidade em encosta gera interdições e preocupação no Vitorino Braga

encosta vitorino 5 by gabriel silva

Fotos: Gabriel Silva

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A instabilidade do solo em uma encosta entre as ruas Rosa Sffeir e Vitorino Braga, no bairro homônimo, região Sudeste, tem gerado preocupação aos moradores do local. Os escorregamentos de terra têm sido notados frequentemente pela comunidade desde meados de janeiro, gerando a interdição de uma série de imóveis. A Defesa Civil da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), no entanto, nega que tenha havido novo deslizamento nesta semana e afirma que a área é monitorada diariamente pelo órgão.

A reportagem da Tribuna esteve na Rua Vitorino Braga, na altura do número 1.231, local onde pelo menos duas casas foram invadidas pela lama que escorregou da encosta localizada na Rua Rosa Sffeir. Por volta de 9h30, ainda havia muita sujeira na rua e algumas pessoas retiravam a lama da calçada. Na quarta-feira (9), entretanto, a mesma rotina já havia feito parte do dia dos moradores, que receberam apoio do Demlurb para realizar a raspagem do material e a lavação dos pontos com maior concentração de terra.

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A reportagem da Tribuna esteve na Rua Vitorino Braga na última quinta-feira (10) (Foto: Gabriel Silva

Uma das casas interditadas foi a do comerciante Adailton Aristeu, de 43 anos. Por conta desta obstrução, ocorrida no dia 12 de janeiro, ele teve que se mudar com a esposa e dois filhos para outro imóvel no Bairro Vitorino Braga. Desde então, segundo Aristeu, nenhuma medida foi tomada para a estabilização do local. “Não teve ação para estabilizar (a encosta), não teve demolição das casas que já estão autorizadas pelos moradores. Agora, está esse problema da água que vem descendo e vai acabar com a rua inteira”, alerta o morador.

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Também de acordo com Aristeu, membros da Prefeitura estiveram no local e afirmaram que as demolições das casas no topo da encosta acontecerão quando houver paralisação das chuvas que têm atingido o bairro. “Também falaram que precisa arrecadar verba para poder fazer obras de contenção. Mas nós queremos saber o que pode ser feito agora”, critica. Ele ainda aguarda o recebimento do auxílio-moradia para ajudar no pagamento do aluguel do imóvel onde ele foi morar com a família.

Residente na Rua Vitorino Braga, Márcio Bacellar manifestou o dessossego com a possibilidade de queda dos imóveis localizados no barranco. “É claro que tem a preocupação porque suja tudo, tem todo o transtorno. Mas o problema é lá em cima (…), tem que resolver o mais rápido possível para evitar uma tragédia maior”, diz. O morador ainda lembrou de um deslizamento de terra que ocorreu no local há cerca de duas décadas, mas em proporção menor do que os escorregamentos observados recentemente.

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Na Rua Rosa Sffeir, diversas casas localizadas próximas ao barranco foram interditadas pela Defesa Civil e o local está com a passagem de veículos pesados proibida. Em frente a uma das residências de maior risco, segundo vizinhos, o proprietário montou uma barreira para evitar que pessoas ou veículos se aproximem do terreno. Na residência vizinha, entretanto, o proprietário José Mauro, de 67 anos, segue onde mora há mais de uma década. “Eles interditaram minha casa, mas foi no susto, e eu não tenho para onde ir”, afirma o idoso que, apesar das recomendações contrárias, acredita que o imóvel não tem apresentado deteriorações na estrutura.

Defesa Civil afirma manter monitoramento

Em contato com a Tribuna, a Defesa Civil, diferentemente dos moradores, afirma, em nota, que “não houve novo escorregamento entre a Rua Rosa Sffeir e a Rua Vitorino Braga esta semana. O que aconteceu é que, com as chuvas dos últimos dias, o solo solto proveniente do escorregamento na encosta foi carreado e ficou depositado na via”. Ainda segundo a nota, equipes do Demlurb realizaram lavação e raspagem de lama no local. Na manhã desta quinta, no entanto, boa parte da Rua Vitorino Braga estava sob grande quantidade de lama novamente, decorrente das chuvas dos dois últimos dias.

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A Defesa Civil ainda garante que segue monitorando a área diariamente devido a instabilidade do solo. “De forma preventiva, todos imóveis localizados em área instável estão interditados”, afirma, sem informar a quantidade de residências interditadas ou de famílias que tiveram de deixar as casas.

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