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97 pacientes são transferidos da Casa de Saúde Esperança

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Mesmo com transferência para Hospital Ana Nery, expectativa é de que pacientes sejam realocados para residências terapêuticas. (Foto: Olavo Prazeres/10-02-2015)
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Foram transferidos, na manhã desta terça-feira (10), os 97 pacientes internados na Casa de Saúde Esperança, no Bairro Vila Ideal, Zona Sudeste, último hospital psiquiátrico em operação em Juiz de Fora. Os 80 homens e 17 mulheres, alguns com passagens pelos hospitais São Domingos e Aragão, foram levados para Hospital Ana Nery, no Bairro Grama. Agentes da equipe de saúde mental e da Guarda Municipal acompanharam a ação, que contou com o auxílio de dois ônibus e uma ambulância.

No início deste ano, a Comissão de Saúde da Câmara Municipal identificou graves problemas no local, como falta de medicamentos básicos, além de situação preocupante na estrutura física, como mofo, infiltração e assoalhos em péssimo estado.

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Segundo o secretário de Saúde, José Laerte Barbosa, laudos da vigilância sanitária condenavam vários setores do hospital, em atividade desde 1939. Com a transferência para o Ana Nery, a Secretaria espera ter uma redução de cerca de R$ 300 mil mensais no orçamento destinado aos assistidos. “A Casa de Saúde é um imóvel muito antigo, e o valor da reforma seria antieconômico. Fizemos assembleias com as famílias dos pacientes buscando uma solução para o problema e optamos por transferi-los temporariamente para o Ana Nery. Para não colocá-los em risco sanitário, vamos mudar para um local mais adequado, com um orçamento menor”.

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[Relaciondas_post]O próximo passo seria a realocação dos internos para residências terapêuticas, espaços que abrigariam 10 pessoas por casa. Atualmente, o município conta com 22 residências, que acolhem 220 usuários. Em cada um destes locais, os pacientes contariam com uma equipe mínima formada por cozinheira, técnico de enfermagem, cuidador e supervisor. Outras 16 residências seriam necessárias para o processo de desospitalização do restante dos pacientes.

“Um dos critérios da locação destas casas é que elas fiquem próximas a uma Unidade Atenção Primária à Saúde (Uaps). Os pacientes viveriam em uma espécie de república, que ficaria sob a atenção de cuidadores 24 horas. O município arcaria com a mobília da casa, além de R$ 2 mil mensais para cada paciente assistido, totalizando R$ 20 mil por imóvel, explicou o secretário.”

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De acordo com José Laerte, a previsão é de que as residências estejam disponíveis em até seis meses. Além do investimento do Poder Público, a liberação dos espaços contaria um aporte de cerca de R$ 3,5 milhões anuais do Governo federal.

 

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