Helena, com 115 registros, e Miguel, com 104, foram os nomes mais escolhidos para bebês nascidos em Juiz de Fora no ano de 2020. Os números fazem parte do levantamento realizado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/Brasil) por meio da Central Nacional de Informações do Registro Civil – plataforma eletrônica com os números de cartórios de todo o país.
O ranking dos mais registrados em 2020 reforça a preferência da cidade de Juiz de Fora por nomes simples, uma vez que estes aparecem nas dez primeiras posições da lista geral. O Top 10 entre os nomes masculinos, além de Miguel, tem Heitor (102), Arthur (77), Theo (68), Bernardo (68), Davi (67), Gabriel (66), Gael (58), Pedro (54) e Henrique (46). Já entre os nomes femininos, liderados neste ano por Helena, estão também Alice (65), Valentina (58), Laura (57), Manuela (43), Maria Julia (40), Sophia (40), Julia (38), Antonella (37) e Manuella (33).
Uma das primeiras Helenas nascidas em Juiz de Fora em 2020 foi a filha da mamãe e jornalista Letícia Duarte. A pequena nasceu no dia 30 de janeiro do ano passado, mas já tinha seu nome definido anos antes de vir ao mundo. “Era algo que eu já tinha definido desde nova. Eu sempre fui muito apaixonada pelo Manoel Carlos. E as personagens principais dele sempre eram as ‘Helenas’. Sempre achei um nome sonoro, um nome forte. Anos atrás, quando eu comentava com as pessoas que colocaria esse nome, elas falavam que era de gente mais velha. Mas hoje voltou à tona, e todo mundo acha lindo.”
Já Miguel Brion, de 9 meses, teve o nome escolhido em razão de uma pesquisa feita pela mãe Samira Brion. Antes de saber o sexo da criança, os pais tinham como opções Pedro, caso fosse menino, e, coincidentemente, Helena, caso fosse menina. “O Miguel se chamaria Pedro, mas já tínhamos um Pedro na família. A escolha foi feita mais ou menos no meio da gravidez. Na época eu cheguei a pesquisar e achei Miguel um nome muito bonito.”
Os preferidos desde 2010
Além da listagem com os nomes mais utilizados no último ano, o levantamento também traz os mais escolhidos entre 2010 e 2020 na cidade, sendo Miguel, com 1.272 registros, e Arthur, com 1.038, os preferidos pelos pais. Na lista de nomes masculinos, liderada por Miguel e Arthur, também estão Davi (934), Gabriel (925), Bernardo (905), Heitor (748), Lucas (631), Pedro (529), Matheus (519) e Pedro Henrique (446). Já nas opções de nomes femininos, além de Maria Eduarda (817), em primeiro lugar, estão Alice (794), Helena (715), Laura (690), Julia (685), Sophia (661), Valentina (557), Maria Clara (496), Manuela (413) e Ana Clara (385).
Já no ranking nacional, Miguel, com 321.644, e Arthur, com 287.886, foram os mais escolhidos no período. Apenas dois nomes compostos ficaram entre os dez mais: na quinta colocação, Maria Eduarda (214.250), o nome feminino mais registrado, e na oitava, Pedro Henrique (154.232), que ocupa o sexto lugar da lista masculina. Outros nomes que aparecem no Top 10 geral são Davi (248.066), Gabriel (223.899), Alice (193.788), Heitor (154.237), Laura (153.557) e Sophia (147.579).
Possíveis alterações
Apesar do nome ser regido pela regra da imutabilidade, ou seja, deve se manter inalterado para segurança das relações jurídicas, existem exceções em lei onde a alteração é possível. Ela pode ser feita em cartório, até um ano após completar a maioridade – entre 18 e 19 anos – sem qualquer motivação, desde que não prejudique os sobrenomes de família. Também é possível a correção de nome quando for comprovado erro evidente de grafia no registro.
No caso de pessoas transexuais, a mudança pode ser feita em cartório, sem a necessidade de prévia autorização judicial, apenas com a confirmação de vontade do indivíduo. As demais alterações, como exposição do nome ao ridículo ou proteção a testemunhas, só podem ser feitas por meio de processo judicial.