[Relaciondas_post] A Polícia Civil deu início nesta terça-feira (9) às oitivas do caso do assassinato de Rodrigo Dias Cantarutti, 34 anos, morto na última quarta-feira, em seu apartamento na Rua Olegário Maciel. Segundo o titular da Delegacia Especializada de Homicídios, Rodrigo Rolli, prestaram depoimento nesta terça quatro vizinhos da vítima, um deles que segurou o suspeito do crime, 15, até a chegada a PM. Conforme o delegado, a partir das inquirições foi possível começar a traçar um perfil de Rodrigo. “Ele morava no prédio a cerca de dois anos e todos os vizinhos ouvidos relataram que a vítima era muito discreta e nunca trouxe nenhum tipo de perturbação, nenhuma deles fez qualquer tipo de reclamação sobre Rodrigo”, afirmou.
Também nesta terça, Rodrigo Rolli analisou as imagens das câmeras de segurança do edifício e, na avaliação dele, foram elucidativas. “As gravações mostram de forma bem clara Rodrigo e o suspeito entrando no local juntos de forma tranquila, e sem esboçar qualquer reação que pudesse indicar uma briga ou que o adolescente estava indo para o imóvel forçado.” Ele afirmou que irá pedir à Vara da Infância e da Juventude para que o adolescente suspeito, que está acautelado provisoriamente, preste um novo depoimento para esclarecer pontos que ainda estão obscuros. Os familiares dele serão ouvidos nesta quarta.
Segundo Rolli, o morador que encontrou Rodrigo caído e flagrou o adolescente suspeito descendo as escadas do prédio foi um dos ouvidos. “Ele afirmou que o adolescente disse no dia do crime que a primeira facada teria sido desferida no quarto da vítima, em seguida ela teria fugido e o suspeito foi atrás, dando outros golpes. Este é um fato importante, mas que só será confirmado por meio do laudo da perícia de local, que ainda está sendo feito, para saber em quais cômodos havia rastros de sangue”, disse o delegado, acrescendo que as outras três pessoas inquiridas só disseram ter escutado de três a cinco gritos de socorro.
Caso Matheus Goldoni
Foi encerrada nesta terça a fase de depoimentos do caso de Matheus Goldoni, 18 anos, encontrado morto nas águas da cachoeira do Vale do Ipê, 56 horas após ter saído da boate Privilège. Conforme o delegado, três pessoas foram ouvidas nesta terça, mas não trouxeram novidades para o inquérito. Rolli aguarda agora os laudos das vísceras de Matheus Goldoni e das câmeras de segurança da boate. Após esta etapa começam as acareações.