Os juiz-foranos se surpreenderam com os primeiros dias de novembro. Itens indispensáveis do inverno, os agasalhos voltaram à rotina para enfrentar as baixas temperaturas registradas desde o início do mês.
Embora não possa ser considerado fenômeno atípico, a onda de frio nesta primavera, a pouco mais de um mês do início do verão, não foi registrada em igual período dos últimos três anos, de acordo com levantamento da Tribuna a partir de dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A fim de comparação, nos nove primeiros dias do mês, a mínima ficou, em média, com 15 graus, com extremos de até 12,4 graus, como foi o caso do dia 2, quinta-feira da semana passada. Enquanto isso, a média da máxima, de 22,4 graus, ficou longe de ser atingida, como foram os casos dos dia 1º (18,6 graus) e 6, segunda-feira (19,3 graus). Se levar em consideração os últimos 30 anos, a cidade deveria estar com picos de 16,2 e 24,5 graus.
Existe uma explicação para esta onda de frio, de acordo com o meteorologista Cleber Souza, do 5º Distrito do Inmet, em Belo Horizonte. Segundo ele, a primavera tem como característica principal ser uma estação transitória, com influências tanto de seu antecessor, o inverno, como também do verão, que se inicia em 21 de dezembro. “Atualmente estamos com a atuação de um sistema de baixa pressão atmosférica (que provoca a nebulosidade) associado aos ventos úmidos e frios provenientes do Oceano Atlântico. Mas o frio mais intenso já passou, e, a partir desta sexta-feira (10), as temperaturas podem voltar a subir”, informou o especialista.
Previsão
Até a próxima segunda-feira (13), a máxima pode chegar próxima dos 30 graus, com mínima oscilando entre 14 e 16 graus. Com relação às chuvas, o acumulado de precipitações esperado neste período é superior a 20 milímetros. Em novembro, a média histórica prevê 191 milímetros de chuvas em novembro.